“Mais Médicos enriqueceu regime cubano corrupto”, diz Embaixada dos EUA
Brasileiros e ex-funcionários da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) envolvidos no programa tiveram os vistos revogados pelo governo americano

A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil afirmou na quinta-feira, 14, que o programa Mais Médicos enriqueceu o "regime cubano corrupto", dirigido pelo ditador Miguel Díaz-Canel Bermúdez.
"O programa Mais Médicos do Brasil foi um golpe diplomático que explorou médicos cubanos, enriqueceu o regime cubano corrupto e foi acobertado por autoridades brasileiras e ex-funcionários da OPAS. Não restam dúvidas: os EUA continuarão responsabilizando todos os indivíduos ligados a esse esquema coercitivo de exportação de mão de obra", disse a embaixada no X, replicando, em português, mensagens do Escritório de Assuntos do Hemisfério Ocidental dos EUA.
"Os EUA permanecem firmes ao lado do povo cubano. Ontem, tomamos medidas para revogar vistos e impor restrições de visto a vários funcionários do governo brasileiro e ex-funcionários da OPAS envolvidos com o esquema coercitivo e explorador de exportação de mão de obra do regime cubano. O trabalho forçado e a exploração não têm lugar no mundo moderno. A responsabilização começa aqui", acrescentou.
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Revogação de vistos
O Departamento de Estado americano anunciou na quarta-feira, 13, a revogação de vistos de brasileiros e ex-funcionários da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) envolvidos no programa Mais Médicos.
Em nota divulgada no site oficial, dois nomes foram diretamente mencionados: Mozart Julio Tabosa Sales, atual secretário de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, e Alberto Kleiman, coordenador-geral para a COP30, ex-assessor de Relações Internacionais do Ministério da Saúde e ex-diretor de Relações Externas da OPAS. A decisão se estende aos familiares.
Eles são acusados de participar do planejamento e da implementação do programa, classificado pelos EUA como um “esquema coercitivo de trabalho forçado do regime cubano”.
“Como parte do programa Mais Médicos do Brasil, essas autoridades usaram a OPAS como intermediária com a ditadura cubana para implementar o programa sem seguir os requisitos constitucionais brasileiros, driblando as sanções dos EUA a Cuba e, conscientemente, pagando ao regime cubano o que era devido aos profissionais de saúde cubanos. Dezenas de médicos cubanos que atuaram no programa relataram ter sido explorados pelo regime cubano como parte do programa.
O Departamento revogou os vistos de Mozart, Júlio Tabosa Sales e Alberto Kleiman, que trabalharam no Ministério da Saúde do Brasil durante o programa Mais Médicos e participaram do planejamento e da implementação do programa. Nossa ação envia uma mensagem inequívoca de que os Estados Unidos promovem a responsabilização daqueles que viabilizam o esquema de exportação de trabalho forçado do regime cubano”, diz trecho da publicação oficial.
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