Maioria é contra aumento do IOF, aponta pesquisa
Levantamento AtlasIntel/Bloomberg indicou que 52% dos entrevistados são contrários à medida proposta pelo governo Lula

Pesquisa AtlasIntel/Bloomberg divulgada nesta terça-feira, 8, aponta que a maioria dos brasileiros é contra o aumento das alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
A iniciativa, que está parada no Supremo Tribunal Federal (STF) por determinação do ministro Alexandre de Moraes, foi rejeitada por 52% dos entrevistados.
Apenas 44% afirmaram ser a favor da medida do governo Lula.
O ministro Alexandre de Moraes marcou para 15 de julho uma audiência de conciliação para que Palácio do Planalto e Congresso Nacional tentem se entender sobre o aumento do IOF.
"Existindo fortes argumentos que indicam a existência de razoabilidade na imediata suspensão da eficácia dos decretos impugnados, inclusive porque esse indesejável embate entre as medidas do Executivo e Legislativo, com sucessivas e reiteradas declarações antagônicas contraria fortemente o artigo 2º da Constituição Federal que, mais do que determinar a INDEPENDÊNCIA dos Poderes, exige a HARMONIA entre eles, como princípio básico e inafastável de nosso Estado Democrático de Direito em busca do bem comum para toda a Sociedade brasileira, com fundamento no art. 10, § 3º, da Lei 9.868/1999, e no art. 21, V, do RISTF, CONCEDO A MEDIDA CAUTELAR, ad referendum do Plenário desta SUPREMA CORTE, para SUSPENDER os efeitos dos Decretos Presidenciais 12.466/2025, 12.467/2025 e 12.499/2025, assim como do Decreto Legislativo 176/2025”, diz Moraes na decisão.
Enquanto isso, o governo aguarda o deputado federal Arthur Lira (PP-AL) apresentar o parecer sobre o projeto de lei que amplia a isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil.
Como mostramos, Lira avalia incluir na proposta uma compensação para a derrubada dos decretos presidenciais sobre as alíquotas do IOF.
A iniciativa foi uma promessa de campanha do presidente Lula (PT), que tenta reverter a percepção negativa dos eleitores sobre as medidas econômicas.
Ameaças
Segundo a mesma pesquisa, o Judiciário como a principal ameaça à democracia brasileira entre as dez opções apresentadas.
O governo federal aparece em segundo lugar entre as maiores ameaças à democracia, apontado por 38,8%, seguido por Congresso Nacional (28,9%), elite econômica (25%) e oposição (24,4%).
O crime organizado surge apenas em sexto lugar (11,9%), logo antes da "mídia", que conta com a desconfiança de 9,7%.
Curiosamente, as Forças Armadas, que até outro dia eram usadas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro para demonstrar força, foram apontadas por apenas 5,1%, à frente de "potências estrangeiras" (3,4%) e movimentos sociais (0,6%).
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