Maduro intensifica perseguição a opositores
Em um mês, três presos políticos morreram dentro do sistema carcerário do regime chavista por falta de atendimento médico
No período de um mês, três presos políticos foram mortos pelo regime chavista por falta de atendimento médico.
Sob a "custódia" da ditadura de Maduro, Osgual Alexander González Pérez, de 43 anos, foi dado como morto no presídio de Tocuyito nesta segunda, 16.
Segundo relatos de parentes, Osguan González relatava fortes dores abdominais e não teve contato com nenhum médico. A suspeita é de que tenha padecido de hepatite.
Na mesma prisão de Tocuyito, Jesús Rafael Álvarez, de 44 anos, morreu no dia 14 de novembro.
Um pouco antes, Jesús Martínez Medina, não resistiu à uma necrose em ambas as pernas em outro episódio de negligência do regime.
"Famílias dilaceradas"
A líder da oposição, María Corina Machado, registrou as mais recentes violações cometidas pelo regime
"A todos os três foi negado o atendimento médico adequado de que necessitavam com urgência. 3 vidas ceifadas por um sistema criminoso. 3 famílias dilaceradas e cujos direitos humanos foram violados. Nós, venezuelanos, acompanhamos seus familiares e colegas na dor e na indignação; e elevamos nossas orações por eles. Só há uma maneira de parar esta tragédia. Devemos cumprir o mandato dado pelo povo da Venezuela e fazer justiça", escreveu no X.
Corína Machado publicou um vídeo no qual apresenta o nome de todas as pessoas desaparecidas após sequestros das forças de Maduro.
Sequestros
A poucos dias da iminente posse de Maduro, após fraude nas eleições, o regime não se contenta em apenas negar ajuda médica nas prisões.
Na última semana, a ditadura sequestrou o líder político do município de Chacao, Luis Palocz.
Fundador do grupo "Con Venezuela", Palocz foi pego por encapuzados do regime e, desde então, encontra-se desaparecido.
O número 2 do regime, Diosdado Cabello, confirmou o sequestro de Palocz e do guarda argentino Nahuell Gallo, acusado de espionagem:
“Uma pessoa foi presa. Você entra no Instagram dele, ele viaja o mundo todo, mas o salário dele é de 500 dólares.
O que você veio fazer na Venezuela? Qual foi sua tarefa? “Eles não dizem isso", disse o ministro do Interior e Justiça.
Para Cabello, a viagem de Gallo para visitar a companheira e o filho teria sido "uma fachada".
Nas redes sociais, a ministra de Segurança da Argentina, Patricia Bullrich, ordenou a soltura imediata do militar.
Cerco à embaixada
A OEA (Organização dos Estados Americanos) relatou a presença de um atirador próximo à embaixada argentina.
No prédio oficial da Argentina, encontram-se seis opositores de Maduro exilados.
Segundo o secretário-geral da OEA, Luis Almagro, a "presença intimidadora de pessoal armado, os cortes de electricidade e de água corrente, bem como a interrupção da entrada de alimentos e água, representam um perigo iminente para a vida e integridade dos requerentes de asilo".
Corina Machado revelou ainda que o regime chavista ocupou à força as residências particulares próximas à embaixada.
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