Macron nega o Hamas em quatro línguas
Presidente francês disse ser a favor do reconhecimento da Palestina, mas sem a presença do grupo terrorista

O presidente Francês, Emmanuel Macron, defendeu a criação de um estado palestino sem o grupo terrorista Hamas nesta sexta, 11.
Após críticas, Macron tratou como "interpretações infundadas" a alegação de que a França estaria apoiando os terroristas.
"Não devemos permitir que informações falsas e manipulações ganhem força", escreveu.
Para alcançar os dois povos envolvidos, a postagem foi feita em quatro línguas: árabe, hebraico, francês e inglês.
Em junho, está prevista uma conferência em Nova York para "promover a solução de dois Estados".
A França e a Arábia Saudita liderarão as conversas.
Eis a íntegra da postagem.
"Estou exposto aqui a uma série de interpretações infundadas sobre nossa política em relação a Gaza.
Esta é a posição da França, e ela é clara:
Sim à paz.
Sim à segurança de Israel.
Sim a um estado palestino sem Hamas.
Isso requer a libertação de todos os reféns, um cessar-fogo sustentável, a retomada imediata da assistência humanitária e a promoção de uma solução política de dois Estados.
Não há outro caminho senão uma solução política. Eu defendo o direito legal dos palestinos a um estado e à paz, assim como defendo o direito dos israelenses de viver em paz e segurança, enquanto ambos os estados forem reconhecidos por seus vizinhos.
A conferência para promover a solução de dois Estados, a ser realizada em junho, deve ser decisiva. Estou fazendo tudo o que posso, junto com nossos parceiros, para atingir esse objetivo de paz. Precisamos muito disso.
Para ter sucesso, não devemos poupar esforços. Não devemos sucumbir a atalhos ou provocações. Não devemos permitir que informações falsas e manipulações ganhem força.
O mais importante é que permaneçamos unidos", escreveu no X.
Hamas e Israel
O líder do Hamas, Mahmoud Mardawi, elogiou a iniciativa de Macron de reconhecer o Estado palestino em junho.
"A França, como um país com influência política e membro permanente do Conselho de Segurança, tem a capacidade de orientar soluções justas e pressionar pelo fim da ocupação e pela realização das aspirações do povo palestino”, disse à AFP.
Já o ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Saar, afirmou que o reconhecimento francês seria "uma recompensa ao terrorismo".
"Um reconhecimento unilateral de um estado palestino fictício, por qualquer país, na realidade que todos conhecemos, será uma recompensa para o terrorismo e um impulso para o Hamas”, escreveu o chefe da diplomacia hebraica.
Leia mais: "Hamas saúda plano de Macron de reconhecer Estado palestino"
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