Macron insiste em debater guerra na Ucrânia com Lula
Presidente francês afirmou que a paz na região só acontecerá "por meio de discussões que reúnam a Rússia e a Ucrânia"
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O presidente da França, Emannuel Macron, conversou nesta terça-feira, 18, com o presidente Lula (PT) sobre as negociações para o fim da guerra na Ucrânia.
Em publicação nas redes socais, Macron afirmou que os dois acreditam que a paz na região "só pode ser alcançada" com o envolvimento de Rússia e os ucranianos à mesa das negociações.
"Acabei de falar com o presidente Lula. Acreditamos juntos que a paz na Ucrânia só pode ser alcançada por meio de discussões que reúnam a Rússia e a Ucrânia em volta da mesma mesa. A paz é possível e a comunidade internacional deve se mobilizar", escreveu o presidente francês.
Macron citou "diversas iniciativas" de sustentabilidade em comum entre os dois e afirmou que Lula visitará o seu país este ano.
Também trabalharemos para garantir que a COP em Belém seja um sucesso e, juntos, temos diversas iniciativas em prol do clima, da biodiversidade, dos oceanos, da democracia, além do desenvolvimento econômico e agrícola.
O Presidente Lula fará uma visita de Estado à França em junho", concluiu.
Nesta semana, os Estados Unidos e a Rússia iniciaram as negociações para o encerramento do conflito que teve início em 2022.
À mesa de negociações, contudo, não esteve a Ucrânia.
Mesa de bar?
Macron e Lula já interagiram publicamente algumas vezes sobre a guerra na Ucrânia.
Em 2023, o presidente francês usou as redes sociais para responder a uma publicação do petista sobre a criação de um grupo para negociar o fim do conflito.
Na publicação, Macron afirmou que existia um plano de paz com dez pontos. Em uma ocasião, Lula disse que o conflito era um "equívoco" do Kremlin.
Antes disso, ele afirmou que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, era tão responsável pela guerra quanto o autocrata Vladimir Putin.
Durante a campanha que reconduziu Lula à presidência da República, o petista sugeriu mediar o conflito em uma "mesa de bar".
"Essa guerra, por tudo que eu compreendo, lei e escuto seria resolvida aqui no Brasil numa mesa tomando uma cerveja, se não na primeira, na segunda, se não na terceira, se não desse na terceira ia até acabar as garrafas para um acordo de paz", disse em evento sobre igualdade e democracia na Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro).
Mais recentemente, o petista foi descartado por Zelensky na tentativa de negociar a paz entre os países.
Para o presidente ucraniano, Lula não é mais um "player" nas negociações.
"Hoje eu acho que o trem do Brasil, para ser sincero, passou. Falei com Lula, nos encontramos e pedi que ele fosse um parceiro para acabar com a guerra, etc. Agora ele não é mais um 'player'. Ele também não será um 'player' para Trump", disse no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça.
Leia mais: "Após levar fora de Zelensky, Lula insiste em mediar paz na Ucrânia"
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Comentários (1)
Amaury G Feitosa
2025-02-20 11:26:25Esta alma quer reza ou samba, adivinhem qual? Todos sabem mas não digo nem sob tortura na Papuda.