Lula reacende debate sobre politização da vacina
Durante discurso dos 100 dias de governo, Lula (PT) reacendeu o debate sobre a politização da vacina ao prometer cobrar o comprovante de imunização de todos os funcionários e visitantes do Palácio do Planalto. "Ainda temos muita gente que não gosta de democracia impregnada aqui. Aliás, Nísia [Trindade, ministra da Saúde], depois quero conversar com...
Durante discurso dos 100 dias de governo, Lula (PT) reacendeu o debate sobre a politização da vacina ao prometer cobrar o comprovante de imunização de todos os funcionários e visitantes do Palácio do Planalto.
"Ainda temos muita gente que não gosta de democracia impregnada aqui. Aliás, Nísia [Trindade, ministra da Saúde], depois quero conversar com você porque vou tomar uma decisão porque neste Palácio não trabalhará ninguém que não tenha cartão de vacina. Isso vale inclusive para as audiências que eu vou dar. Exigir cartão de vacina [para eles apreenderem], se não se respeitar, a respeitar os outros", afirmou o presidente da República, na última segunda-feira (10).
Não resta a menor dúvida de que, no Brasil e no mundo, a vacinação está diretamente ligada à queda de mortes e casos de Covid. Mas existem maneiras diferentes de se imunizar a população, sendo que obrigar a vacinação de outras pessoas para entrar em lugares específicos não se mostrou a melhor delas.
A campanha de vacinação, que está em pleno funcionamento e tem sido estimulada por Lula, é a melhor maneira de se proteger as pessoas. No final de fevereiro, o presidente foi vacinado pelo vice Geraldo Alckmin, que é médico (foto). O presidente completou seu esquema de imunização contra a Covid, ao receber uma dose bivalente. Foi uma maneira de dar um exemplo positivo para toda a população.
Ao insistir na vacinação das pessoas que entram no Palácio do Planalto, contudo, Lula pode estar querendo principalmente se contrapor a Jair Bolsonaro, que era contra a obrigatoriedade — ou "passaporte" — da vacina.
"Não vejo necessidade neste momento de se obrigar pessoas a serem vacinadas. A melhor coisa é a conscientização da importância das doses", diz o infectologista Julival Ribeiro, membro da Sociedade Brasileira de Infectologia. "Espero que sejam feitam campanhas educativas para que as pessoas se conscientizem de que a vacina é a melhor estratégia para se prevenir hospitalizações e mortes. Neste momento, o anúncio da medida de Lula tem um viés mais político do que técnico, na minha opinião", diz Ribeiro.
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Comentários (5)
PAULO SÉRGIO FRANÇA DE ALBUQUERQUE LIMA
2023-04-14 00:50:08Melhor seria o Lula falar menos e trabalhar mais. O seu Ministerio da Saude acaba de divulgar a possibilidade de trombose em quem tomou a Astrazeneca e outras. Quem será mesmo o genocida, o Bozo ou a mídia desmamada que meteu o pau.
Maria
2023-04-13 17:38:46O viés autoritário acaba aparecendo. Melhor seria uma campanha bem planejada de esclarecimento.
João Darcy da Rocha Júnior
2023-04-13 16:25:58Se o Lula ficasse calado seria melhor. Ele só está fazendo isto para garantir a continuidade da polarização. Lula é tão ruim quanto Bolsonaro.
LUIS
2023-04-13 09:42:35Ou seja, Crusoé tacitamente admite que Bolsonaro tinha razão ao ser contra a obrigatoriedade da vacina.
Iara Belli Passos
2023-04-12 17:15:01Sem Bolsonaro ele nao sobrevive! Haja vacina!