Lucro comum na Copa, diz síndico de prédio em que Flávio vendeu imóvel
Síndico do edifício em Copacabana onde o senador Flávio Bolsonaro (foto) vendeu um apartamento com lucro de 292% em 2014, Márcio Basto afirma que a valorização está de acordo com a alta do preço dos imóveis no bairro do Rio de Janeiro, por causa da Copa do Mundo. Segundo o pedido do Ministério Público de...
Síndico do edifício em Copacabana onde o senador Flávio Bolsonaro (foto) vendeu um apartamento com lucro de 292% em 2014, Márcio Basto afirma que a valorização está de acordo com a alta do preço dos imóveis no bairro do Rio de Janeiro, por causa da Copa do Mundo.
Segundo o pedido do Ministério Público de quebra de sigilos de Flávio e de mais 86 pessoas e nove empresas, o senador adquiriu por 140 mil reais um apartamento na rua Prado Júnior em novembro de 2012 e o revendeu por 550 mil reais em fevereiro de 2014.
"Não foi incomum na época", disse o síndico do prédio, onde a maioria dos imóveis tem 40 metros quadrados, sobre o lucro obtido pelo senador, assim como o preço pago em 2012. Ele contou que a valorização foi motivada pela perspectiva de que faltaria hospedagem para todos os turistas que viessem para a Copa do Mundo, e pequenos apartamentos poderiam ser alugados por quem não conseguisse vaga nos hotéis do Rio.
Uma alta que logo se desfez, com a crise econômica e a falência do governo do estado. "Hoje, quem comprou (no ano da Copa) perdeu dinheiro", afirmou. Basto ressalvou, no entanto, não ter nenhuma informação sobre a compra e venda feita especificamente pelo filho do presidente Jair Bolsonaro.
O Ministério Público do Rio de Janeiro sustenta que de 2010 a 2017 Flávio investiu 9,4 milhões de reais na compra de 19 imóveis e obteve um lucro de 3 milhões de reais. Os promotores apuram indícios de que as operações seriam lavagem de dinheiro.
A suspeita é de que, quando era deputado estadual, o filho do presidente Jair Bolsonaro teria montado no gabinete um esquema de desvio de recursos públicos, com a participação do ex-policial militar e assessor Fabrício Queiroz.
Os promotores contam, no pedido de quebra de sigilo, que Queiroz já assumiu publicamente ficar com parte da remuneração de assessores, para usar o dinheiro na contratação de mais pessoas no trabalho de campo para o então deputado. No entanto, segundo o Ministério Público, o ex-assessor tentou assumir sozinho a responsabilidade para desviar o foco do senador.
Há indícios de que pessoas eram contratadas como assessores no gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa sem terem de efetivamente trabalhar, desde que cedessem parte de seus vencimentos, de acordo com os promotores.
Flávio negou nas redes sociais as acusações e os valores informados pelo Ministério Público no pedido aceito pelo juiz Flávio Nicolau, da 27ª Vara Criminal do Rio de Janeiro. O advogado de Queiroz, Paulo Klein, também rechaçou as suspeitas. Klein prepara um pedido de habeas corpus para suspender as quebras de sigilos.
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Comentários (10)
Raimundo
2019-05-16 20:56:39Cadê o Jornalismo investigativo? Qualquer pesquisa nas imobiliárias podem comprovar o desmentir isso, o a Crusoé tdm interesse que o mistério permaneça?
Hildemario
2019-05-16 19:25:04um capital de $ 140.000,00 sendo aplicado a uma taxa de 5% a.m, durante 02 anos esse valor chega uma cifra de aproximadamente em $ 465.000,00 , quase o mesmo valor que foi vendido o Ap de Flávio. Agora se o capital é lícito ou não a Justiça vai dizer.
José
2019-05-16 18:45:52...não temos bandidos de estimação!...se for culpado que seja punido exemplarmente.Se for inocente,que se caracterize como atentado terrorista para derrubar o governo eleito democraticamente.E os responsáveis sejam execrados pela cidadania diante da torpeza inerente ao ato.Só não pode lixar!...
HUGO
2019-05-16 18:09:57perseguição! são valores perfeitamente compatíveis. querem mesmo atingir o pai
Júlio
2019-05-16 17:58:45Se o Lulinha enriqueceu e era chamado de Ronaldinho dos negócios , o pouco dinheiro amealhado pelo Flávio ,o torna um , quem sabe , Dada Maravilha , dos corretores de imóveis....
Lucia
2019-05-16 16:00:50A informação do sindico procede. Em 2014 os imóveis no Rio, principalmente na Zona Sul, atingiram valores estratosféricos. Quem tinha um quarto-e-sala em Copa tinha um mina de dinheiro nas mãos. Agora, não mais, as famiglias mafiosas Cabral e Lula acabaram com o Rio.
Ladislao gonzalez
2019-05-16 15:23:27Parabéns ao sindico sobre a compra e venda de apartamentos.Faltou dizer que quem tem necessidade de vender um apartamento procura comprador que tenha condição e caixa para comprar,esses cálculos do Ministério Publico sobre valorização está completamente fora da realidade do mercado;é muito lamentável a desinformação,consultem um corretor na área que vai informar como o mercado se comporta.
Jose
2019-05-16 15:09:45Como ele consegiu tato dinheiro para investir se ele nunca trabalhou fora da política? Os salários normais de um deputado estadual permitem tanta acumulação monetária assim? Alguém poderia explicar?
Marco
2019-05-16 15:07:10e isso é verdade. eu comprei um apartamento se 50 metros quadrados em 2012 por 160 mil reais e três anos mais tarde o mesmo apartamento estava custando 580 mil reais. hoje caiu um pouco mas no meu prédio tem 2 a 530 mil reais.
TANIA
2019-05-16 15:04:00Investiguem bem e todos não apenas alguns. Tem algo que não vão tirar que é a FÉ de 60 milhões que elegeram JB e querem mudança no Brasil com novas práticas politicas, liberaalismo, menos Brasília e sem quadrilhas políticas ou criminosas essa vontade gera uma revolução que é um vírus do BEM que contamina e cria um patriotismo e um amor ao país e não sai.