Líderes opositores a Maduro estão em centro de tortura
Freddy Superlano e Roland Carreño, dirigentes políticos e ativistas contrários à ditadura de Nicolás Maduro na Venezuela que foram levados por homens mascarados na semana passada, estão presos em El Helicoide, um complexo de prédios do Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin). A informação foi confirmada pela defesa de ambos, nesta terça-feira, 6 — e encerra...
Freddy Superlano e Roland Carreño, dirigentes políticos e ativistas contrários à ditadura de Nicolás Maduro na Venezuela que foram levados por homens mascarados na semana passada, estão presos em El Helicoide, um complexo de prédios do Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin). A informação foi confirmada pela defesa de ambos, nesta terça-feira, 6 — e encerra uma semana de dúvidas sobre o paradeiro de ambos, que foram sequestrados após a eleição.
"Essa é a quarta vez que estive no El Helicoide", disse Aurora Silva, esposa de Superlano, em declaração à imprensa. "Me disseram que ele se encontra bem, mas não permitem nenhum tipo de visitas. Não temos informação se foi apresentado [às autoridades], e não teve nenhuma comunicação com os seus advogados privados", continuou.
O advogado Joel Garcia, que representa os dois, disse que ambos "estão sem defesa em um processo judicial. Não sabemos quais os crimes a que os atribuem, e assim é impossível a sua defesa."
Na terça-feira da semana passada, dois dias após os órgãos eleitorais da Venezuela declararem Maduro o "vitorioso" de uma "eleição" onde não foram apresentados os resultados das atas eleitorais de cada urna, os líderes partidários foram sequestrados por homens mascarados — um vídeo mostra Superlano, que é líder de um partido de oposição ao governo na Assembleia Nacional da Venezuela, sendo levado na porta de um prédio.
As manifestações contra a ditadura venezuelana
Agora sabe-se que ambos estão em uma das principais centrais de tortura para prisioneiros políticos de Nicolás Maduro. Um shopping de luxo pensado nos anos 50 pela ditadura de Marcos Pérez Jimenez, o local nunca chegou a ser concluído, e acabou virando um prédio governamental nos anos 80. Hoje, de acordo com a ONG venezuelana Foro Penal, o local se converteu em um local para “tortura horrenda, incluindo choques elétricos, afogamento simulado e choque virtual".
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Comentários (1)
Amaury G Feitosa
2024-08-06 19:40:38O triunvirato ditatorial dos três pôdres poderes silencia sobre tanta monstruosidade ... mas quem prende 1.500 cidadãos de forma ilegal e por 18 meses mantém a maioria na prisão tem moral para alguma coisa? Adversários aqui também são massacrados .. ou não ???