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Líderes latino-americanos condenam decisão do TSJ de Maduro

Enquanto Lula (PT) e o Itamaraty se calam sobre a farsa eleitoral de Nicolás Maduro, alegando esperar que a ditadura venezuelana publique as atas da votação de 28 de julho para comprovar sua "vitória", líderes latino-americanos condenaram a fraude validada pelo do Supremo Tribunal de Justiça [TSJ, na sigla em espanhol] da Venezuela na quinta-feira,...

Crusoé
4 minutos de leitura 23.08.2024 11:40 comentários 3
Nicolás Maduro e Caryslia Beatriz Rodríguez

Enquanto Lula (PT) e o Itamaraty se calam sobre a farsa eleitoral de Nicolás Maduro, alegando esperar que a ditadura venezuelana publique as atas da votação de 28 de julho para comprovar sua "vitória", líderes latino-americanos condenaram a fraude validada pelo do Supremo Tribunal de Justiça [TSJ, na sigla em espanhol] da Venezuela na quinta-feira, 22.

"O regime de Maduro confirma o que a comunidade internacional tem denunciado: fraude. Uma ditadura que fecha todas as portas à vida institucional e democrática do seu povo. Não devemos permanecer calados nem cessar em defesa da causa venezuelana", escreveu Luis Lacalle Pou, presidente do Uruguai, no X.

https://twitter.com/LuisLacallePou/status/1826726751898337352

"Hoje o TSJ da Venezuela termina de consolidar a fraude. O regime de Maduro acolhe obviamente com entusiasmo a sua sentença, que será marcada pela infâmia. Não há dúvida de que estamos perante uma ditadura que falsifica eleições, reprime quem pensa diferente e é indiferente ao maior exílio do mundo só comparável ao da Síria em consequência de uma guerra.

Vi nos olhos de milhares de venezuelanos que exigem democracia em sua pátria e que hoje recebem uma nova batida de porta. O Chile não reconhece este falso triunfo autoproclamado de Maduro e companhia.

Certamente, devido à nossa posição, receberemos (como sempre) insultos das suas autoridades. Não sabem que como dizia Huidobro 'o adjetivo, quando não dá vida, mata', e assassinaram a palavra democracia.

A ditadura venezuelana não é de esquerda. Uma esquerda continental profundamente democrática que respeite os direitos humanos independentemente da cor da pessoa que os viola é possível e necessária. Um progressismo transformador que melhora as condições de vida do seu povo através da construção da comunidade em vez do individualismo, sobre a polarização. Caminhamos até lá no Chile.

Meus respeitos a todo o povo venezuelano que luta pela democracia, pela justiça e pela liberdade", afirmou o presidente do Chile, Gabriel Boric.

https://twitter.com/GabrielBoric/status/1826703332268015733

"A crise na Venezuela é indiscutível, e da Guatemala já dissemos que as suas recentes eleições são apenas uma demonstração disso: o regime de Maduro não é democrático e não reconhecemos a sua fraude.

Os povos de todo o nosso continente devem exigir uma solução pacífica que garanta a vontade do povo e recupere o país para todos os venezuelanos.

Nossa solidariedade ao povo irmão da Venezuela, que luta pela sua liberdade e democracia", disse Bernardo Arévalo, presidente da Guatemala.

https://twitter.com/BArevalodeLeon/status/1826758119008977028

"Lamentamos profundamente a decisão do Governo da Venezuela de avançar com a ratificação de resultados eleitorais que não refletem a vontade do povo venezuelano. É inaceitável tentar validar os vencedores sem uma análise exaustiva e independente dos votos", afirmou Santiago Peña, presidente do Paraguai.

https://twitter.com/SantiPenap/status/1826758615337681072

A opositora María Corina Machado, que foi impedida pelo regime de Maduro de se candidatar na eleição, além de não poder registrar sua aliada Corina Yoris, agradeceu o apoio dos presidentes latino-americanos.

A parcialidade do TSJ de Maduro

 

A Missão de Determinação dos Fatos sobre a Venezuela, realizada pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU (UNHRC, na sigla em inglês), alertou para “a falta de independência e imparcialidade do Supremo Tribunal de Justiça [TSJ, na sigla em espanhol] e do Conselho Nacional Eleitoral [CNE], que vêm desempenhando um papel dentro da máquina repressiva do Estado.”

Como apontou Francisco Cox Vial, membro da missão, a presidente do TSJ e de sua Sala Eleitoral, Caryslia Beatriz Rodríguez (foto), é "militante do partido do governo e exerceu cargos eletivos".

Em 2022, a Assembleia Nacional da Venezuela modificou a adesão ao Comitê de Postulações Judiciais e elegeu os atuais 20 magistrados e magistradas do TSJ, permitindo o controle do tribunal pelo Congresso venezuelano, de maioria governista.


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Comentários (3)

Maria

2024-08-26 08:30:13

Maduro, amiguinho e líder do Lula!! Lula sonha em ser Maduro um dia…. Vai sonhando….


Amaury G Feitosa

2024-08-24 10:13:31

CENSURADO volto ..... Dá NOJO vermos a ditadura triúnvira e omitir e pior se submeter ao assassino corrupto Maduro que sem nenhum constrangimento afirma ao mundo que se cair Lula também cai ... o motivo seriam as urnas indevassáveis do Dr. VERBOSO onde, diiiiiiiiz o próprio "eleição não se ganha, se toma"? a nação é humilhada a silenciar sob censura a tão hediondos crimes? Por que Maduro comprovado assassino e ladrão brada ao mundo que se cair Lula também cai? mistééééérios ...


SONIA ADONIS FIORAVANTI

2024-08-23 13:14:37

O oportunista nine e seus asseclas só se manifestam qdo precisam de visibilidade


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