Reprodução/@ffaaecuadorImagem de José Adolfo Macías Villamar, conhecido como Fito — Foto: Reprodução/@ffaaecuador

Líder de maior facção do Equador foge de prisão

08.01.24 18:04

O governo do Equador anunciou nesta segunda-feira, 8 de janeiro, que o maior traficante do país fugiu de onde estava.

As autoridades penitenciárias perceberam o desaparecimento de José Adolfo Macías durante vistoria no domingo, 7 de janeiro.

“O mais provável, [é que] houve infiltrações e em questão de horas antes [da vistoria]”, disse o o secretário de Comunicação do governo, Roberto Izurieta.

Ele deu a declaração em entrevista ao canal Teleamazonas.

Macías, também conhecido como Fito, cumpria pena no presídio de segurança máxima de Guayaquil, na costa equatoriana.

Ele estava cumprindo uma pena de 34 anos desde 2011 (ele já havia sido preso anteriormente por 12 anos).

Fito é acusado dos crimes de assassinato, participação em organização criminosa, roubo e posse ilegal de armas.

A polícia e o exército do Equador mobilizaram mais de 3.000 homens para tentar localizar Fito.

Até o final da tarde desta segunda, o seu paradeiro permanece desconhecido.

A facção criminosa liderada por Fito, Los Choneros, começou como um grupo de assassinos de aluguel no final da década de 1990.

Desde então, o grupo expandiu suas atividades para o tráfico de drogas e roubos.

No Equador, eles são considerados a primeira facção a se associar a uma organização criminosa estrangeira, no caso, o cartel de Sinaloa, do México.

Ao todo, os Choneros somam cerca de 12.000 integrantes.

Rivalidade com Los Lobos

Os Choneros têm como principais rivais a facção Los Lobos, que surgiu a partir de dissidências internas em 2020.

Os Lobos são infames pelo protagonismo na série de motins em presídios de 2021 que levaram mais de 300 presos à morte — em comparação, o massacre do Carandiru, executado por policiais em São Paulo em 1992, teve 111 mortos.

A facção rival dos Choneros também voltou a repercutir após ela ser apontada em um vídeo como reivindicando a autoria do assassinato do então presidenciável equatoriano Fernando Villavicencio em agosto de 2023.

Autoridades da própria campanha de Villavicencio questionam o vídeo e alegam a possibilidade de o atentado ter sido de autoria dos Choneros.

Leia também:

Equador: Fernando Villavicencio previu assassinato horas antes em comício

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  1. Fugiu do controle. Ou adota a política do Bukele, com todos os problemas que ela tem, ou já era, vai virar México

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