Luis Miranda sobre alerta a Bolsonaro: 'Levei assunto a quem deveria coibir irregularidades'
O deputado Luis Claudio Miranda (foto) afirmou nesta sexta-feira, 25, que, ao alertar Jair Bolsonaro sobre os indícios de corrupção na compra de 20 milhões de doses da Covaxin, levou o assunto à pessoa que, em sua avaliação, "deveria tomar todas as ações possíveis para coibir qualquer irregularidade". O parlamentar presta esclarecimentos à CPI da...
O deputado Luis Claudio Miranda (foto) afirmou nesta sexta-feira, 25, que, ao alertar Jair Bolsonaro sobre os indícios de corrupção na compra de 20 milhões de doses da Covaxin, levou o assunto à pessoa que, em sua avaliação, "deveria tomar todas as ações possíveis para coibir qualquer irregularidade".
O parlamentar presta esclarecimentos à CPI da Covid ao lado do irmão e servidor do Ministério da Saúde, Luis Ricardo Miranda. "Não sou policial, não sou promotor, não sou investigador, levei para pessoa certa na minha opinião que deveria dar o devido provimento ao assunto: o presidente da República", completou o deputado.
O congressista levou o irmão para um encontro com o presidente em 20 de março, no Palácio da Alvorada. Na conversa, o funcionário público relatou ter sofrido pressão atípica para liberar a importação da Covaxin e contou ter se recusado a assinar uma nota fiscal que estabelecia um pagamento antecipado de 45 milhões de dólares a uma offshore intermediária, além de prever a entrega de 300 mil doses do imunizante no primeiro lote, uma quantia inferior às 4 milhões de doses previstas no contrato para a primeira leva.
Depois da relutância, o recibo foi corrigido e passou a ordenar o pagamento somente após a entrega das vacinas ao Brasil e a remessa inicial 3 milhões de doses. "Se não fossemos nós, 45 milhões de dólares teriam sido pagos, por uma vacina que até agora não se resolveu, nem sabemos se irá resolver, para uma empresa que, há quem diga, já recebeu no passado recurso público e não entregou medicamentos no Brasil", afirmou o deputado à CPI da Covid.
Luis Claudio Miranda referiu-se ao fato de a Precisa Medicamentos, que representa a Bharat Biotech no Brasil e fechou o contrato com o Ministério da Saúde, ter, entre seus sócios, a Global Saúde, a qual, há cerca de três anos, fechou acerto para a venda de medicamentos ao ministério, mas jamais os entregou.
"Como pode sermos os errados? Sermos atacados pelo Palácio do Planalto, por senadores, colegas que são defensores do combate aos indícios de corrupção? Estão do lado do errado ou do denunciante, que em nenhum momento espalhou conversa do presidente, gravou, achacou o presidente?", questionou.
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Comentários (2)
PAULO
2021-06-26 12:04:07Bolsonaro até o Esquema da Covaxin, agia nas sombras com à corrupção. Mesmo sabendo que o seu governo é mais do mesmo no que tange a corrupção, por receber o servidor e o deputado, que levaram fatos quanto a um crime, Bolsonaro ainda dissimulava. Agora acabou. Se o Esquema da Cloroquina é uma possibilidade clara, o Esquema da Covaxin é fato. Logo chegará aos cidadãos o Esquema da Madeira. De esquema em esquema, o Brasil vai novamente, se chafurdando na lama da corrupção.
José
2021-06-25 18:48:31Se o servidor tivesse aprovado o pagamento, ele seria o acusado por corrupção.