Lava Jato envia a São Paulo investigação sobre vizinha do tríplex de Lula
Enquanto o ex-presidente Lula comemora a vida fora da cadeia e aguarda o julgamento dos recursos contra sua condenação por corrupção e lavagem envolvendo o tríplex no Guarujá (foto), um apartamento próximo segue no radar da Justiça. O caso foi enviado em novembro pela Lava Jato de Curitiba para a Justiça Federal em São Paulo. Trata-se...
Enquanto o ex-presidente Lula comemora a vida fora da cadeia e aguarda o julgamento dos recursos contra sua condenação por corrupção e lavagem envolvendo o tríplex no Guarujá (foto), um apartamento próximo segue no radar da Justiça. O caso foi enviado em novembro pela Lava Jato de Curitiba para a Justiça Federal em São Paulo. Trata-se do apartamento 163-B, vizinho ao imóvel que ficou famoso por receber as reformas da OAS para o ex-presidente, e que também foi alvo da Polícia Federal na Lava Jato.
Registrado em nome de uma offshore, o apartamento entrou no radar dos investigadores que suspeitavam que imóveis do condomínio Solaris seriam usados como forma de repassar propina da OAS para petistas no esquema de corrupção na Petrobras. O imóvel foi alvo de buscas da PF na Lava Jato em 2016.
Passados três anos, os investigadores concluíram que o 163-B não tem relação com os desvios na Petrobras. O imóvel, contudo, está relacionado a um outro escândalo, que ficou mundialmente famoso nos chamados “Panama Papers”: o vazamento de milhares de dados de clientes do escritório de advocacia do país centro-americano Mossack Fonseca, especializado em abrir empresas em nome de laranjas em paraísos fiscais.
As offshores são uma estratégia comumente utilizada por políticos e empresários corruptos para ocultar seu patrimônio e lavar dinheiro sujo. No caso do tríplex 163-B, o imóvel estava em nome de uma offshore aberta por uma empresária de São Paulo chamada Nelci Warken, que atuava com publicidade de empreendimentos imobiliários na capital paulista, inclusive os da Bancoop, a cooperativa habitacional dos bancários que foi por anos alvo dos desmandos petistas.
Com a implementação da Lei Cidade Limpa, que restringiu a colocação e outdoors na cidade, porém, a empresária começou a ser multada. Em depoimento à Polícia Federal, ela disse que sua empresa passou a ser alvo de várias execuções fiscais da prefeitura e decidiu abrir a offshore, onde colocou seu patrimônio, por orientação de seu advogado, pois tinha medo de perder os imóveis. A PF aponta que Nelci teria cometido crimes de ocultação de patrimônio e falso reconhecimento de firma. Agora, caberá a Justiça Federal em São Paulo analisar o caso da empresária.
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Comentários (10)
Bel.
2019-12-10 18:00:51A PF está renascendo.
Lucia
2019-12-10 01:47:39O edifício agora é o símbolo da bandidagem! Que coisa...
magu
2019-12-09 17:36:57O nome Nelci não parece com Geni, da canção do Chico?
Jayme
2019-12-09 16:00:38Não são revelados os crimes praticados pelo PT por meio dos inúmeros sindicatos. Pobres bancários! Esse prédio no Guarujá era para ser deles, mas o PT...
Adelmo
2019-12-09 10:12:41Lavajato de São Paulo??? Nunca ouvi falar. Existe isso?
Vera
2019-12-09 08:38:38Em se tratando de Lava Jato caiu em São Paulo nunca mais se ouve falar !Parece um poço sem fundo !
Dulce
2019-12-09 07:48:46Foi para a lava jato de São Paulo, morreu. Não sei o por que mas em São Paulo não existe lava jato.
Celso
2019-12-09 00:47:29Este edifício SOLARIS virou mico.....
PAULO
2019-12-08 23:00:36E aí OAB? Mais um "adevogado" da turma metido em BANDIDAGEM. Algum dúvida, doutores? Por essas e outras foram autores da revogação no STF da Prisão em Segunda Instância, né? "Vamo empurrá co'a barriga". Eita!
ROGERIO
2019-12-08 22:17:20Em São Paulo a lava jato não vai pra frente. O juiz responsável é discípulo fiel de Gilmar Mendes, seu mestre e senhor.