'Lava Jato Eleitoral' é extinta após denunciar cinco políticos em SP
A denúncia feita contra o ex-ministro Gilberto Kassab, em fevereiro deste ano, por suposto recebimento de 16 milhões de reais em repasses ilícitos da J&F, holding que controla o frigorífico JBS, foi a última ação da força-tarefa criada pelo Ministério Público paulista para atuar nos grandes casos envolvendo caixa dois de campanha descobertos pela Lava...
A denúncia feita contra o ex-ministro Gilberto Kassab, em fevereiro deste ano, por suposto recebimento de 16 milhões de reais em repasses ilícitos da J&F, holding que controla o frigorífico JBS, foi a última ação da força-tarefa criada pelo Ministério Público paulista para atuar nos grandes casos envolvendo caixa dois de campanha descobertos pela Lava Jato.
Batizado de 'Lava Jato Eleitoral', o grupo formado por cinco promotores foi extinto ainda no primeiro semestre deste ano, depois que as designações dos investigadores para atuar nos casos de corrupção enviados para a Justiça Eleitoral por ordem do Supremo Tribunal Federal não foram renovadas. A atuação da Promotoria era feita em parceria com um setor da Polícia Federal, onde o trabalho também foi descontinuado neste ano.
Com isso, a Lava Jato Eleitoral paulista terminou com cinco ações na Justiça. Além de Kassab, também foram denunciados o senador licenciado José Serra, do PSDB, o ex-governador e ex-tucano Geraldo Alckmin, neoaliado de Lula, o deputado Paulinho da Força, do Solidariedade, e o empresário Paulo Skaf, que deixa neste mês o comando da Federação das Indústrias de São Paulo, a Fiesp.
Todas as ações envolvem supostos pagamentos ilícitos feitos pela J&F, dos irmãos Joesley e Wesley Batista, pela empreiteira Odebrecht ou pela operadora de saúde Qualicorp e foram aceitas pela Justiça Eleitoral, transformando os políticos em réus por crimes como corrupção passiva, lavagem de dinheiro ou caixa dois de campanha.
Os mesmos arquivos e delações usados como provas para denunciar o quinteto também citam outros políticos cujos inquéritos ficaram numa espécie de limbo, com apenas um promotor eleitoral designado, sem nenhum esforço concentrado da PF e, por isso, fadados ao arquivamento ou prescrição.
Entre as acusações de caixa dois que já vieram à tona e ainda não tiveram desfecho estão as que envolvem o deputado e presidente do MDB, Baleia Rossi, e o ex-deputado Andrés Sanchez, ambos presentes no jantar da impunidade que reuniu o ex-presidente Lula e o ex-governador Geraldo Alckmin em uma churrascaria no último domingo, 19.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (10)
FRANCISCO AMAURY GONÇALVES FEITOSA
2021-12-28 16:47:53mais um movimento da guerra revolucionária da quadrilha e tentáculos para a volta da roubalheira e só Moro que não viu e se engrossar o cangote crescendo a candidatura E CRESCERÁ será a próxima vítima abatido em pleno vôo .. fato público e notório promessa do ladrão mor que o prenderá .. quem sobreviver verá.
Maria
2021-12-27 17:46:54MORO PRESIDENTE 2022! 🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷
João
2021-12-27 16:14:25Amigos, vcs fazem ideia do tamanho da sujeira que o Sérgio Moro encontrará prá limpar?
Jefferson
2021-12-27 12:30:38É o mecanismo brasileiro da impunidade para o colarinho branco. É praticamente um tapa na cara dos brasileiros honestos, um "deixem a gente roubar em paz", só vai para a cadeia os três "p", como sempre, senão é "criminalizar a política".
Jose
2021-12-27 08:27:48Nenhuma novidade. O Bozismo detesta qualquer investigação!
Odete6
2021-12-27 06:32:57🌞🇧🇷 🇧🇷 🇧🇷 🇧🇷 🌞 PRESIDENTE DR. SÉRGIO FERNANDO MORO e o SEU TIME DOS NOSSOS SONHOS EM 2022 PRA SANEAR O BRASIL.🌞🇧🇷 🇧🇷 🇧🇷 🇧🇷 🌞
Raimundo
2021-12-26 21:28:06Dr. Sérgio Moro, Presidente
Raimundo
2021-12-26 21:27:57Por que as operações da Lava Jato em São Paulo são extintas? Qual segredo? Cadê Paulo Preto?
MARCOS
2021-12-26 20:22:59ME CONTA UMA NOVIDADE QUE NÃO SEJA A IMPUNIDADE DOS POLÍTICOS CORRUPTOS? NO BRASIL O CRIME COMPENSA PARA OS PODEROSOS E SEUS AMIGOS E A JUSTIÇA SÓ É FEITA PARA OS "PPPs".
PAULO
2021-12-26 16:46:39O crime de colarinho branco compensa no Brasil. A justiça "trabalha" para blindar esses criminosos. Como sou menino bobo do interior de Minas, me explica uma coisa justiça brasileira: se a empresa fornece o dinheiro p/ o político, e esse dinheiro não consta nem na contabilidade da empresa, tão pouco na do político, como caracterizar isso como caixa 2? Como saber se o dinheiro foi para a campanha ou para o bolso do indivíduo? Moro Presidente 🇧🇷