Lava Jato manda periciar arquivos do BTG
O delegado Filipe Hile Pace determinou que a perícia da Polícia Federal retome os trabalhos de análise do material apreendido em agosto no banco BTG Pactual durante a 64ª fase da Lava Jato, destinada a apurar suspeitas de irregularidades envolvendo a venda de ativos da Petrobras na África para o banco de André Esteves (foto). O...
O delegado Filipe Hile Pace determinou que a perícia da Polícia Federal retome os trabalhos de análise do material apreendido em agosto no banco BTG Pactual durante a 64ª fase da Lava Jato, destinada a apurar suspeitas de irregularidades envolvendo a venda de ativos da Petrobras na África para o banco de André Esteves (foto).
O delegado determinou ao setor técnico e ao cartório da Lava Jato em Curitiba que "deem andamento aos pedidos de perícia para o espelhamento de materiais apreendidos na sede do BTG Pactual". O pedido, contudo, não inclui o telefone celular e outros itens pessoais do banqueiro encontrados na empresa e na residência dele, que deverão permanecer acautelados até uma decisão do Supremo Tribunal Federal, que proibiu a perícia nesses itens por entender que eles podem ter conteúdo relacionado a outra investigação que está em curso em Brasília.
Em outubro, Pace havia mandado parar a análise do material apreendido na sede do banco e na residência de Esteves em atendimento a uma decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Celso de Mello. Na ocasião, o decano da corte acolheu em parte um recurso da defesa de Esteves e determinou liminarmente que os itens apreendidos com o banqueiro não poderiam ser analisados pela força-tarefa de Curitiba.
Agora, a orientação mudou. O delegado Filipe Pace sustenta que durante as buscas na sede do BTG os próprios funcionários do banco indicaram a parte dos documentos que guarda relação com a aquisição dos ativos da Petrobras na África. Essa parcela do material não estaria protegida, portanto, pela decisão de Celso de Mello e, para ele, pode ser analisada pela perícia.
O despacho do delegado Pace já foi contestado pelos advogados de Esteves, que pediram ao juiz Luiz Antonio Bonat, da 13ª Vara Federal em Curitiba, que mantenha todo o material intocado até que haja uma decisão final do STF sobre o tema.
No pedido a Bonat, os advogados afirmam ser “impossível” determinar quais e-mails encontrados no banco dizem respeito ao episódio investigado na Lava Jato e quais dizem respeito à outra investigação que foi remetida a Brasília e trata da suspeita de lobby do BTG e outras empresas junto ao ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha para obter medidas favoráveis no Congresso. Bonat ainda não decidiu o que fazer.
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Comentários (10)
Massaaki
2020-01-05 21:58:42Que decida corretamente.
Roberto
2020-01-02 23:35:12Agora vai começar !!!! Vão achar toda grana roubada
Amilton
2020-01-02 19:26:22Lugar de ladrão é na prisão!!!
Fernando
2020-01-02 15:51:37Esquema insuperável. Ainda tem quen caia na "tria de aranha".
Jose
2020-01-02 15:10:52Esteves, o banqueiro dos petistas, conseguia informações privilegiadas, negócios escusos com Petrobrás, e estava envolvido com os governantes petistas em negócios irregulares, que seus advogados, inclusive o N Jobim ex pres do STF, e depois aé acionista do BTG, conseguiu livrá-lo de muitos processos. Comprou Veja, Exame e até patrocina Nêumane. Tenta de todo jeito sair do noticiário policial.
Ruy Pigatto
2020-01-02 10:24:29O velho e bom STF achando "pelo em ovo" para dificultar as investigações da Lava Jato contra os bandidos que depenaram o país por anos á fio. Nos explique STF, pq uma prova não pode servir á duas investigações simultaneamente ?
Leonardo
2020-01-02 06:18:07O stf é o reduto do atraso.
Valério
2020-01-02 00:12:46Legal, ao menos parece haver funcionários dentro do BTG que não compactuam com as “diretrizes” do chefe!!
Claudio
2020-01-01 21:02:42É muita proteção do STF aos bandidos de colarinho branco!! Cana pra esses caras imundos!!!!
Geraldo
2020-01-01 21:02:15Banco Safra, BTG, Bradesco, Unibanco, Econômico sempre protegidos por esses tribunais.