Justiça desbloqueia 'por engano' bens de ex-tesoureiro de Alckmin
A Justiça de São Paulo desbloqueou "por engano" os bens do ex-secretário estadual Marcos Monteiro (foto). Tesoureiro da campanha do ex-governador Geraldo Alckmin, do PSDB, em 2014, Monteiro é acusado de ter intermediado 7,8 milhões de reais de caixa 2 da Odebrecht para a reeleição do tucano. Na planilha do setor de propina da empreiteira,...
A Justiça de São Paulo desbloqueou "por engano" os bens do ex-secretário estadual Marcos Monteiro (foto). Tesoureiro da campanha do ex-governador Geraldo Alckmin, do PSDB, em 2014, Monteiro é acusado de ter intermediado 7,8 milhões de reais de caixa 2 da Odebrecht para a reeleição do tucano. Na planilha do setor de propina da empreiteira, o codinome atribuído a ele era M&M.
A confusão ocorreu no cartório da 13ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo, onde tramita uma ação de improbidade administrativa movida pelo Ministério Público Estadual contra Alckmin, Monteiro, a Odebrecht e quatro ex-executivos da empreiteira que revelaram os pagamentos ilícitos em delação premiada. Em abril do ano passado, todos tiveram os bens bloqueados pela Justiça.
Após diversos recursos perdidos na Justiça paulista, os ex-executivos Benedicto Junior e Luiz Bueno conseguiram uma liminar do Supremo Tribunal Federal para desbloquear seus bens, sob o argumento de que a medida violava uma das cláusulas do acordo de delação premiada homologado pelo STF em 2016.
No último dia 11, a juíza Luiza Barros Verotti, da 13ª Vara da Fazenda Pública, autorizou o desbloqueio de bens da dupla, mas "por engano", o cartório incluir o ex-tesoureiro tucano Marcos Monteiro na lista dos beneficiados pela medida. Após perceber o erro, o próprio cartório refez o pedido de indisponibilidade de bens de Monteiro no dia seguinte.
Os bens do ex-governador Geraldo Alckmin seguem bloqueados pela Justiça na ação de enriquecimento ilícito movida pelo MP paulista. Os outros dos ex-executivos da Odebrecht atingidos pela medida, Fernando Migliaccio e Hilberto Mascarenhas, já pediram para a juíza a extensão do desbloqueio de seus bens com base na liminar obtida por Benedicto Junior e Luiz Bueno no Supremo.
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