Justiça bloqueia bens de Serra e PF faz buscas em endereços do tucano
O juiz da 1ª zona eleitoral de São Paulo, Marco Antônio Martin Vargas, decretou o bloqueio de bens do senador José Serra (foto), do PSDB, e do empresário José Seripieri Filho, ex-presidente da Qualicorp, por suposto caixa dois de 5 milhões de reais na campanha de 2014. Os dois são alvos da Operação Paralelo 23,...
O juiz da 1ª zona eleitoral de São Paulo, Marco Antônio Martin Vargas, decretou o bloqueio de bens do senador José Serra (foto), do PSDB, e do empresário José Seripieri Filho, ex-presidente da Qualicorp, por suposto caixa dois de 5 milhões de reais na campanha de 2014.
Os dois são alvos da Operação Paralelo 23, terceira fase da Lava Jato Eleitoral deflagrada nesta terça-feira, 21, pela Polícia Federal. Os agentes cumprem mandados de busca e apreensão em quatro endereços ligados a Serra, entre eles o apartamento funcional do tucano em Brasília e dois imóveis em São Paulo.
Os policiais federais, no entanto, foram barrados no Senado a mando do presidente da casa, Davi Alcolumbre, quando tentaram entrar no gabinete de Serra. Alcolumbre alegou que um juiz de primeira instância não tinha competência para determinar uma medida dentro do Senado e que a Polícia Federal não poderia cumprir a ordem.
O inquérito foi remetido à primeira instância da Justiça Eleitoral de São Paulo em em 2019, com a colaboração espontânea de pessoas que teriam sido contratadas no ano de 2014 para estruturar e operacionalizar os pagamentos de caixa dois da Qualicorp a políticos, incluindo José Serra. Os repasses teriam sido ordenados por Seripieri por meio de outras empresas.
Como Serra tem foro privilegiado perante ao Supremo Tribunal Federal a partir de 2015, quando assumiu o mandato de senador, as investigações em primeira instância se restringem aos fatos relacionados à campanha de 2014. No início do mês, ele foi denunciado pela força-tarefa da Lava Jato do Ministério Público Federal por lavagem de dinheiro.
Segundo o MPF, o tucano recebeu pagamento de propina da Odebrecht por meio de uma conta controlada por sua filha na Suíça. Serra nega as irregularidades e diz que nunca recebeu repasses ilícitos.
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