Juiz eleitoral bloqueia contas e sequestra bens de Paulinho da Força
O juiz da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, Marco Antonio Martin Vargas, decretou o bloqueio das contas bancárias e o sequestro dos bens do deputado federal Paulinho da Força (foto), do Solidariedade. A decisão atendeu um pedido da Polícia Federal na investigação que mira pagamentos de 1,7 milhão de reais da JBS, via caixa...
O juiz da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, Marco Antonio Martin Vargas, decretou o bloqueio das contas bancárias e o sequestro dos bens do deputado federal Paulinho da Força (foto), do Solidariedade. A decisão atendeu um pedido da Polícia Federal na investigação que mira pagamentos de 1,7 milhão de reais da JBS, via caixa 2, para o parlamentar nas eleições de 2010 e 2012.
Paulinho da Força, seu genro e um assessor foram alvos da Operação Dark Side, deflagrada nesta terça-feira, 14, pela PF no inquérito decorrente da delação da JBS. Além dos imóveis em nome dos investigados, a PF cumpriu mandados de busca e apreensão no gabinete de Paulinho na Câmara dos Deputados, em Brasília, e na sede da Força Sindical, entidade controlada por ele.
Conforme Crusoé mostrou nesta terça-feira, a PF descobriu que 250 mil reais do caixa 2 pago pela JBS a Paulinho da Força foram transferidos pela empresa dos irmãos Joesley e Wesley Batista para o escritório do advogado Cristiano Vilela, genro do parlamentar do Solidariedade. O restante foi pago em espécie.
O pagamento ao escritório de Vilela ocorreu em dezembro de 2012, logo após a campanha eleitoral na qual Paulinho foi candidato a prefeito de São Paulo. À PF, Joesley apresentou um contrato fictício de consultoria jurídica assinada pela JBS com o genro de Paulinho para dar aparência de legalidade à transferência e afirmou que o serviço nunca foi realizado.
Segundo a PF, as entregas de dinheiro em espécie nas campanhas de 2010 e 2012 somaram 1,45 milhão de reais e foram feitas ao assessor José Gaspar Ferraz, também alvo de buscas, no comitê de campanha de Paulinho, na cidade de São Paulo. Os recursos foram providenciados pelos doleiros Raul Pegazzano e Francisco Joaquim Melgar, conhecido como Paco.
O juiz eleitoral também autorizou a quebra do sigilo telefônico dos investigados, além do bloqueio de 250 mil reais da conta do escritório de advocacia do genro de Paulinho. Segundo a PF, só no segundo semestre do ano passado, a banca recebeu 2,1 milhões de reais em créditos na sua conta bancária.
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