Jorginho Mello demite (por engano) bolsonarista que criticou Carnaval
O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), demitiu, por engano, o presidente da Fundação de Cultura do estado. Rafael Nogueira (foto) é um egresso do governo de Jair Bolsonaro, onde atuou como presidente da Fundação Biblioteca Nacional. O caso ocorreu na madrugada de sábado, 16. Considerado um dos membros da "ala olavista" de ambos...
O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), demitiu, por engano, o presidente da Fundação de Cultura do estado. Rafael Nogueira (foto) é um egresso do governo de Jair Bolsonaro, onde atuou como presidente da Fundação Biblioteca Nacional.
O caso ocorreu na madrugada de sábado, 16.
Considerado um dos membros da "ala olavista" de ambos os governos, Rafael já havia ganho os holofotes quando chegou ao comando da BN — que é a autoridade responsável pelo registro de obras intelectuais desde 1898 no país.
À época, ressurgiu um comentário de Nogueira no X (antigo Twitter) onde o historiador associou o Carnaval brasileiro com a transmissão de doenças:
"Pessoal mata até macaco, que não tem nada a ver com a história, doença que está longe de ser epidêmica. Aí começa o carnaval e vai todo mundo correndo, com igual ou maior desespero, trocar fluidos e pega herpes, gonorreia, sífilis, Aids", disse, em fevereiro de 2018.
A postagem segue no ar e foi ressuscitada quando ele assumiu o cargo no governo de Jorginho Mello, em fevereiro deste ano.
Acontece que, na noite de sexta-feira, 15, o nome de Nogueira estava numa lista de exonerações pedidas pelo próprio Nogueira na Fundação. Ainda na madrugada de sábado, 16, uma nova edição do Diário Oficial tornava apenas a sua demissão sem efeito, retirando Sergio Ricardo Fraga Costa da sua sucessão.
A Secretaria de Comunicação de Santa Catarina disse que a demissão de Nogueira do cargo teria sido um "engano" que acabou revisto pouco depois. As demissões planejadas por ele, alega o governo, já estariam há algum tempo nas gerências e diretorias da FCC quando assumiu. O motivo seria a insatisfação com algumas ações recentes da equipe técnica e a falta de andamento em licitações de reformas de alguns museus catarinenses durante todo o ano.
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