Itamaraty responsabiliza Israel por morte de brasileiro
Israel não confirmou a morte de Abdallah; segundo o Itamaraty, ele morreu "como resultado dos intensos bombardeios aéreos israelenses"
O Itamaraty publicou uma nota oficial nesta quinta-feira, 26 de agosto, responsabilizando Israel pela morte de um garoto brasileiro no Líbano.
Natural de Foz do Iguaçu, no Paraná, Ali Kamal Abdallah, de 15 anos de idade, teria morrido no Vale do Bekaa, no nordeste libanês, "como resultado dos intensos bombardeios aéreos israelenses", segundo o ministério.
O pai de Abdallah, de nacionalidade paraguaia, também teria morrido no episódio. Israel não confirmou nenhuma das mortes.
"O governo brasileiro tomou conhecimento, com profundo pesar, da morte, no Vale do Bekaa, Líbano, do adolescente brasileiro Ali Kamal Abdallah, de 15 anos de idade, natural de Foz do Iguaçu. O menor e seu pai, de nacionalidade paraguaia, foram atingidos por explosão como resultado dos intensos bombardeios aéreos israelenses na região, na segunda-feira. A Embaixada do Brasil em Beirute está prestando assistência aos familiares do menor. O pai do adolescente também faleceu como resultado da explosão.
Ao solidarizar-se com a família, o Governo brasileiro reitera sua condenação, nos mais fortes termos, aos contínuos ataques aéreos israelenses contra zonas civis densamente povoadas no Líbano e renova seu apelo às partes envolvidas para que cessem imediatamente as hostilidades", diz o Itamaraty.
Chanceler israelense rejeita proposta de cessar-fogo
O ministro israelense das Relações Exteriores, Israel Katz, rejeitou nesta quinta-feira, 26, o cessar-fogo imediato de 21 dias com Hezbollah proposto pelos governos de Estados Unidos, França e aliados.
"Não haverá cessar-fogo no norte [de Israel]. Nós vamos continuar lutando contra a organização terrorista Hezbollah com toda a nossa força até a vitória e o retorno seguro dos moradores do norte para suas casas", escreveu o ministro na rede social X.
A ideia de trégua de 21 dias foi aventada por EUA e França para que houvesse tempo de impedir por vias diplomáticas a escalada do conflito na fronteira de Israel com o Líbano.
Em contrapartida, o embaixador dos EUA em Israel, Jack Lew, reiterou o apelo do governo Biden por uma trégua no conflito com o grupo terrorista libanês.
"O risco inaceitável de uma escalada regional mais ampla exige ação imediata. Desde que o Hezbollah começou seus ataques com foguetes contra Israel em 8 de outubro, rodada após rodada de ataques e contra-ataques expulsaram as pessoas de suas casas. Ontem à noite, mais de uma dúzia de países se uniram em um apelo por um cessar-fogo imediato de 21 dias na fronteira Líbano-Israel. Esta é a melhor maneira de a diplomacia restaurar a segurança dos cidadãos para retornarem às suas casas. As condições no norte de Israel e no sul do Líbano devem mudar para permitir seu retorno seguro. Ao mesmo tempo, pressionamos todos os dias por um acordo para libertar os reféns e alcançar um cessar-fogo em Gaza."
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