Israel protesta contra "guerra psicológica" do Hamas
Em vez de aceitar um novo acordo proposto pelos EUA, o grupo terrorista concordou em libertar apenas um refém americano e quatro corpos

O gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netayahu, protestou nesta sexta-feira, 14, contra a "guerra psicológica" mantida pelo Hamas ao concordar com a libertação de um refém e a entrega de quatro corpos em vez de aceitar o que chama de "proposta Witkoff".
"Enquanto Israel aceitou a proposta Witkoff, o Hamas persiste em sua recusa e continua travando uma guerra psicológica contra as famílias dos reféns. O primeiro-ministro reunirá a equipe ministerial amanhã à noite para um briefing detalhado da equipe de negociação e para decidir sobre as medidas para libertar os reféns e atingir todos os nossos objetivos de guerra", afirmou o gabinete de Netanyahu no X.
Em comunicado, o grupo terrorista disse ter concordado em libertar o soldado refém Edan Alexander, que é cidadão americano, e entregar os corpos de outros quatro prisioneiros de dupla nacionalidade. Os nomes dos mortos não foram divulgados.
O acordo proposto pelo enviado especial dos Estados Unidos Steve Witkoff determina que metade dos reféns mantidos em Gaza seja libertadada imediatamente. A proposta também prevê cessar-fogo até o fim da Páscoa e acena para a possível libertação de todos os outros reféns mediante um novo acordo que encerre a guerra.
Ao menos 59 reféns pernamencem sob o poder dos terroristas do Hamas em Gaza.
Famílias dos reféns cobram Netanyahu
Em meio à possibilidade do governo israelense se reunir apenas no sábado à noite para discutir a libertação de reféns, o Fórum de Famílias dos Reféns criticou o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
"As famílias dos reféns pedem desculpas por perturbá-los no Shabat, mas seus entes queridos não têm tempo para esperar", afirmou o fórum.
"Vinte e quatro horas em cativeiro são 24 horas de inferno, tormento e abuso, são 24 horas de perigo de morte e desaparecimento", acrescentou, solicitando que os ministros se reúnam antes do previsto.
"Para os reféns e suas famílias, não há Shabat nem feriados. Devolvam todos os 59 reféns imediatamente, e de uma só vez!", completou.
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