Israel evita dar prazo a familiares de reféns mortos pelo Hamas
Governo adota cautela para informar causa da morte e revelar a identidade dos corpos que devem entregues pelos terroristas
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Familiares de reféns mortos pelo Hamas vivem a expectativa de receberem os corpos na próxima quinta-feira, 20.
Entre eles, possivelmente estarão integrantes da família Bibas, cujo pai, Yarden Bibas, foi libertado com vida em 1º de fevereiro.
O governo israelense, porém, trata com cautela o assunto.
Segundo o ministro da Saúde, Uriel Buso, o Instituto Médico Legal trabalhará para identificar rapidamente o corpo dos mortos.
"Visitei o Instituto Médico Legal para ver como está sendo preparado o retorno dos mortos. Os profissionais aqui se prepararam para recebê-los rapidamente, para que a identificação seja feita o mais breve possível", afirmou.,
Buso fez a ressalva de que o processo pode demorar por não terem acesso a informações sobre eles.
"Não temos informações precisas sobre o estado dos mortos".
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que a recuperação dos mortos é uma "grande conquista para Israel" no acordo firmado em Cairo.
Separação
Na Faixa de Gaza, o pai Yarden foi separado do resto da família.
A família Bibas afirmou nesta terça, 18, aos jornais israelenses que foram avisados de que Shiri, Ariel e Kfir seriam libertados.
Os parentes, contudo, não receberam uma confirmação oficial de que os três estão mortos.
Nem mesmo o governo israelense comunicou as instituições que representam os reféns.
“Até recebermos uma confirmação definitiva, nossa jornada não acabou”, disse a família em um comunicado divulgado pelo Hostages and Missing Families Forum.
“Pedimos à mídia e ao público que respeitem nossa privacidade e se abstenham de nos contatar sobre esse assunto”, acrescenta a família.
500 dias no inferno
O ataque terrorista do Hamas ao sul de Israel, em 7 de outubro de 2023, completou 500 dias na segunda, 17.
Foram mortos 1.200 israelenses, enquanto centenas foram capturados pelos terroristas.
Até o momento, 19 reféns foram libertados após o acordo de cessar-fogo firmado por Israel e o Hamas.
Em Gaza, ainda estão 70 israelenses sequestrados.
Desses, pelo menos 35 estão mortos, segundo o Exército israelense.
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