Israel entra em campo por vaga na Eurocopa. Guerra em Gaza entra junto
A seleção de futebol de Israel entra em campo nesta quinta-feira, 21, às 15h45 no horário de Brasília, contra a Islândia. Os dois países estão competindo na repescagem por uma das vagas da Eurocopa, que neste ano ocorre em junho, na Alemanha. O jogo, como era esperado, terá uma alta carga política envolvida. A partida...
A seleção de futebol de Israel entra em campo nesta quinta-feira, 21, às 15h45 no horário de Brasília, contra a Islândia. Os dois países estão competindo na repescagem por uma das vagas da Eurocopa, que neste ano ocorre em junho, na Alemanha. O jogo, como era esperado, terá uma alta carga política envolvida.
A partida tem Israel como mandante — mas não será realizada no país, por questões de segurança. Desta maneira, o jogo ocorre em Budapeste, na Hungria, em um pequeno estádio com capacidade para 13.500 torcedores. Com 12 dias de guerra na Faixa de Gaza, a Uefa vetou jogos seus no país por tempo indeterminado.
Além disso, a partida recebeu críticas do técnico da Islândia, o norueguês Age Hareide. Ele se disse neutro em relação ao conflito, mas chegou a dizer nesta semana que, se pudesse decidir, não colocaria seu time em campo.
"É uma questão difícil quando olhamos para quem começou isso e pensamos em todos os reféns israelenses e em todas as crianças e mulheres que são bombardeadas em Gaza. Se libertarem todos os reféns, os bombardeamentos irão parar", disse Hareide, em coletiva de imprensa.
"Não tomo qualquer posição porque nem os diplomatas conseguem resolver esta questão", ele continuou, antes de concluir: "Vamos jogar contra jogadores de futebol, não contra soldados.”
A seleção de Israel joga pela Europa — assim como o Cazaquistão (que fica na Ásia Central) e o Azerbaijão (no Cáucaso). O time ocupa a 78ª posição no ranking da Fifa e nunca foi à Eurocopa, apesar de ter ido à Copa do Mundo de 1970, no México.
As questões políticas podem não acabar logo após o jogo. Isso porque, em caso de vitória contra a Islândia, Israel enfrentaria um último jogo contra os vencedores de Ucrânia ou Bósnia e Hezergovina. O primeiro adversário seria, ele próprio, outro país em guerra; a Bósnia e Hezergovina, por outro lado, é a única nação europeia de maioria muçulmana, o que poderia inflamar ainda mais a tensão para uma partida final.
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