Investigados, Tércio Arnaud e coronel receberam quase 230 mil reais do PL
Somente Tércio Arnaud recebeu aproximadamente 134 mil reais do partido de Valdemar Costa Neto; Peregrino recebeu quase 100 mil reais da sigla
Investigados em inquéritos da Polícia Federal sobre a tentativa de se instaurar um golpe de Estado no país, o ex-assessor presidencial Tércio Arnaud (foto) e o auxiliar do general Braga Netto, coronel Flávio Peregrino receberam, os dois, em torno de 230 mil reais do PL ao longo do ano de 2024.
Somente Tércio Arnaud recebeu aproximadamente 134 mil do partido de Valdemar Costa Neto, enquanto que o coronel Peregrino obteve aproximadamente 95 mil da sigla. Arnaud faz parte da comunicação do PL; Peregrino é assessor especial da sigla.
Tércio Arnaud foi um dos 37 indiciados pela Polícia Federal no inquérito sobre a tentativa de se instaurar um golpe de Estado no país.
No material, a PF destacou que Arnaud fazia parte do núcleo especializado em divulgar notícias falsas sobre o processo eleitoral. A PF destrinchou a organização criminosa em seis eixos: o de desinformação e ataques ao sistema eleitoral; o responsável por incitar militares a aderir ao golpe de estado; o núcleo jurídico; o núcleo operacional de apoio a ações de caráter supostamente golpistas; o núcleo de inteligência paralela e o núcleo operacional para cumprimento de medidas coercitivas.
Para a PF, o ex-auxiliar do chamado 'gabinete do ódio' atuou para coletar informações sobre adversários e espalhar dados incorretos ou distorcidos, quer seja sobre o sistema eleitoral ou sobre a conduta ética de adversários do governo federal.
Já o coronel Peregrino, que ficou conhecido “Cid de Braga Netto” - uma alusão ao ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, também investigado - não é formalmente acusado pela PF, mas documentos apreendidos sugerem sua atuação como articulador nos bastidores do plano.
Nos últimos quatro anos, Flávio Peregrino esteve ao lado de Braga Netto em cargos de destaque: assessor na Casa Civil, no Ministério da Defesa e, mais recentemente, no comando das relações institucionais do PL, partido de Bolsonaro, em Brasília.
Após as eleições de 2022, o coronel passou a atuar informalmente na defesa do ex-ministro no inquérito sobre a tentativa de golpe, mantendo proximidade com nomes de peso, como os generais Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira, além do almirante Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha.
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