Guerra na Ucrânia trava exportações de frutas brasileiras à Rússia
A ofensiva militar russa na Ucrânia interrompeu o fluxo de exportações de frutas e derivados do Brasil à Rússia, segundo a Associação Brasileira de Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados, a Abrafrutas. No ano passado, as compras dos produtos brasileiros representaram 25 milhões de dólares, num universo de 1 bilhão de dólares gastos pelo...
A ofensiva militar russa na Ucrânia interrompeu o fluxo de exportações de frutas e derivados do Brasil à Rússia, segundo a Associação Brasileira de Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados, a Abrafrutas. No ano passado, as compras dos produtos brasileiros representaram 25 milhões de dólares, num universo de 1 bilhão de dólares gastos pelo país governado por Vladimir Putin (foto) com frutas e derivados, segundo a associação.
Na semana passada, a Abrafrutas recebeu um e-mail de uma grande importadora de alimentos russa com um pedido de socorro. A empresa solicitou uma lista de produtores e exportadores brasileiros que pudessem suprir o mercado interno russo.
Depois de 20 dias de guerra, os supermercados russos, que desde a anexação da Crimeia em 2014 enfrentam sanções econômicas que restringem a importação de frutas dos Estados Unidos e da União Europeia, pararam também de receber as frutas brasileiras.
“Hoje o problema é que não tem quem leve os produtos para lá, porque os navios não querem atracar na Rússia, as empresas de navegação não querem carregar as frutas com medo de não receber. E não tem como receber o dinheiro porque a Rússia não está mais no sistema Swift”, diz Jorge Souza, gerente de projetos da Abrafrutas.
Uma das maneiras sugeridas pelos russos para contornar o problema, o pagamento dos fornecedores via China, deixa os exportadores brasileiros inseguros, segundo Souza. A Abrafrutas ainda não respondeu ao apelo da empresa russa.
Como as frutas são perecíveis, os exportadores brasileiros têm preferido enviar os carregamentos a outros países. “As exportações estão sendo redirecionadas para outros mercados, então, não existem perdas”.
De acordo com um funcionário da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, a Apex Brasil, que falou a Crusoé sob a condição de anonimato, uma das alternativas propostas pelos empresários russos para atrair fornecedores brasileiros seria a negociação junto ao governo de Putin de um relaxamento no sistema regulatório das frutas brasileiras que chegam ao país.
Em 2015, as exportações de maçã à Rússia somavam menos de uma centena de toneladas. Seis anos depois, em 2021, segundo a Abrafrutas, foram enviadas 21 mil toneladas da fruta ao país. Outras 12 mil toneladas de manga, limão, melão e melancia, também foram enviadas ao mercado russo.
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Comentários (3)
Ben
2022-03-18 13:53:00O Carniceiro do Kremlin, mais conhecido como CRIMINOSO DE GUERRA e ASSASSINO DE CRIANÇAS, merece prisão perpétua, no mínimo. O mundo globalizado e civilizado não tem mais espaço para esse tipo de verme imundo. Volte para o inferno, monstro!
Carlos
2022-03-18 13:38:17Pô, manda pelo menos uma banana para o Putin.......
Luis
2022-03-18 13:00:03A única resposta minimamente aceitável a esse mail seria simplesmente a frase "Navio de guerra russo, vá se f*der!". Pensando em ajudar e facilitar as coisas pra Abrafrutas, é só copiar e colar: "Русский военный корабль, иди на хуй!"