González vai à Argentina, de Milei, e ao Uruguai, de Lacalle Pou
Presidente eleito da Venezuela retorna à América do Sul pela primeira vez após exilar-se na Espanha
Faltando poucos dias para a posse prevista pela Constituição venezuelana em 10 de janeiro, o presidente eleito da Venezuela, Edmundo González, fará a partir de sábado, 4, um giro por países da América Latina a fim de reforçar o apoio recebido dos líderes regionais.
Esta é a primeira vez que González retorna à região após exilar-se na Espanha.
Em comunicado, o Comando ConVzla informou que o primeiro destino do opositor de Nicolás Maduro será a Argentina, de Javier Milei.
González será recebido por Milei na Casa Rosada, sede do governo argentino.
"No âmbito desta importante visita, estendemos um cordial convite a toda a comunidade venezuelana residente na Argentina para que se reúna fora da Casa Rosada para acompanhar o presidente eleito durante este encontro", disse o Comando ConVzla.
Segundo o jornal El País, após se encontrar com Milei, González irá ao Uruguai, onde se reunirá com o presidente Luis Lacalle Pou e o ministro das Relações Exteriores uruguaio, Omar Paganini.
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Ditadura de Maduro oferece recompensa por González
Diante da promessa de González de retornar à Venezuela para a posse, a ditadura de Maduro anunciou uma recompensa de 100 mil dólares, cerca de 620 mil reais, aos cidadãos que tiverem informações sobre o opositor.
Nas redes sociais, a polícia venezuelana publicou um cartaz com a foto de González com o escrito: “Procurado”.
Em 2 de setembro, a Procuradoria-Geral da Venezuela expediu mandado de prisão contra Edmundo González. O órgão, controlado pelo chavismo, intimou o diplomata para prestar depoimento, por três vezes, sobre a apuração paralela das eleições de 28 de julho.
Reconhecido pelos EUA e por outros países como presidente eleito, González segue afirmando que irá a Caracas tomar posse. Ele não revela, contudo, como chegará à capital venezuelana.
González venceu o Nicolás Maduro com 67% dos votos na votação de 28 de julho. Apesar da derrota, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela proclamou, sem mostrar as atas, a "vitória" do ditador venezuelano.
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