González faz pedido aos militares antes da posse de Maduro
O candidato da oposição promete voltar ao país em 10 de janeiro para tomar posse como presidente da Venezuela
O presidente eleito da Venezuela, Edmundo González, voltou a pedir no domingo, 5, que os militares venezuelanos cumpram a Constituição e defendam a soberania popular, evidenciada na votação de 28 de julho de 2024, quando o candidato da oposição derrotou o ditador Nicolás Maduro com mais de 67% dos votos.
"De acordo com a Constituição de 1999, promovida por Hugo Chávez Frías, em 10 de janeiro, pela vontade soberana do povo venezuelano, devo assumir o papel de comandante-em-chefe, com a responsabilidade de proteger nossas famílias e direcionar nossos esforços para um futuro de bem-estar e prosperidade para todos os venezuelanos", disse González em vídeo endereçado às Forças Armadas Nacionais Bolivarianas (FANB).
"Nossa Força Armada Nacional está chamada a ser garantia da soberania e do respeito à vontade popular", acrescentou. "É nosso dever atuar com honra, mérito e consciência, guiados pelos valores que nos unem como uma instituição fundamental da República."
Na mensagem, González denunciou a corrupção e o desvio de valores entre os militares, ressaltando que é preciso agir "com determinação e unidade para proteger a nossa Venezuela".
"Avançar com honra e coragem. Glória às pessoas corajosas", concluiu.
González voltará à Venezuela
O candidato da oposição afirmou no sábado, 4, durante viagem a Buenos Aires, que pretende retornar à Venezuela no próximo dia 10 de janeiro para tomar posse como presidente.
“Minha intenção é retornar à Venezuela para cumprir o mandato que os venezuelanos me confiaram”, disse González, de 75 anos, em entrevista após reunião com o presidente argentino, Javier Milei.
A data de 10 de janeiro marca, segundo a Constituição venezuelana, a troca de governo.
Como temos mostrado, o ditador Nicolás Maduro espera ser empossado novamente como presidente, após ter fraudado descaradamente o resultado eleitoral.
González enfrenta um mandado de prisão emitido após as eleições, o que o levou a exilar-se na Espanha em setembro. Ele não revelou como pretende ingressar no país, alegando questões de segurança.
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Comentários (1)
Marcia Elizabeth Brunetti
2025-01-06 10:27:36Nem consigo imaginar o que Gonzáles traz consigo para conseguir enfrentar Maduro e os generais que o mantém na presidência, entretanto torço para que tenha êxito em sua empreitada. O desafio é grande demais.