Gleisi insiste na fake news sobre Transparência Internacional
A presidente do PT foi mais uma vez desmentida no X pelo ex-procurador Deltan Dallagnol
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Horas depois de publicar no X que a Transparência Internacional foi "sócia da corrupção da Lava Jato" e de ser desmentida nos comentários pelo ex-procurador da República Deltan Dallagnol (Novo), a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR, foto) decidiu insistir na fake news e atacar a ONG responsável por expôr que o Brasil, sob Lula (PT), alcançou a pior posição no Índice de Percepção da Corrupção.
Na segunda publicação, ela escreveu:
"A participação da sessão brasileira da Transparência Internacional na tentativa de desvio de R$ 2,6 bilhões, para uma fundação privada de Deltan Dallagnol e outros, está registrada na correição sobre a 14ª. Vara Federal de Curitiba, com relatório aprovado pelo plenário do Conselho Nacional de Justiça, itens G e H:
'g) Houve esforço e interlocução da força-tarefa da Lava Jato junto às autoridades norte-americanas para destinação de valores oriundos do acordo DOJ/SEC e PETROBRAS, a fim de que pudessem ser destinados aos interesses da força-tarefa, posteriormente materializados nas cláusulas 2.3.1 e 2.3.2 do acordo de assunção de compromissos entre força-tarefa e PETROBRAS. h) A força-tarefa da Lava Jato discutiu os termos e submeteu minuta do acordo de assunção de compromissos a avaliação de organismo internacional (Transparência Internacional).'
O relatório aponta indícios de peculato na tramitação do acordo entre a Vara da Lava Jato e a Petrobrás. Os relatórios oficiais da Operação Spoofing, mostram as tratativas entre os procuradores e o representante da TI no Brasil para criar a fundação, que foi interditada pelo STF na ADPF-568."
Desmentida de novo
Mais uma vez, Deltan Dallagnol desmentiu a fake news da presidente do PT:
"Foi justamente o relatório fajuto do CNJ, produzido sob a batuta de Luís Felipe Salomão - que notoriamente ambiciona um cargo no STF de acordo com diversos veículos de imprensa - que foi totalmente demolido pela decisão do Plenário do TCU desta semana.
Essa peça de ficção foi enviada por Toffoli para vários órgãos federais como forma de criar ainda mais constrangimentos para a Lava Jato, mas o TCU julgou o caso improcedente justamente porque se concluiu que 'a documentação encaminhada pelo CNJ [após a correição extraordinária feita pelo ministro Luis Felipe Salomão] não apontou outro destino aos recursos arrecadados com a celebração de acordos de colaboração e de leniência que não fosse a Petrobras'.
Posteriormente, o PGR Paulo Gonet anexou a decisão do TCU aos autos do processo no STF e PEDIU DE NOVO a Toffoli o arquivamento do feito.
Pare de tentar confundir e enganar as pessoas com informações que já foram desmentidas, Gleisi. A internet ainda é livre e é muito fácil para qualquer um descobrir a verdade com uma simples busca no Google."
Leia mais: Lava Jato: TCU enterra narrativa contra Transparência Internacional
Narrativa requentada
Crusoé detalhou em fevereiro como a fake news foi criada. Toffoli requentou uma narrativa engendrada pelo então procurador-geral da República Augusto Aras – e depois citada pelo petista Rui Falcão em notícia-crime –, de que a Transparência Internacional teria gerido ou recebido recursos do acordo de leniência da J&F, dos irmãos Joesley e Wesley Batista.
“A petição da J&F, submetida oito meses depois do prazo limite para manifestação estabelecido pelo ministro, foi respondida pela Transparência Internacional – Brasil, que apontou não só a violação de prazo, mas também a falsidade das alegações”, diz a ONG na nota pública, que segue:
“Em sua manifestação extemporânea, a J&F reitera seu assédio judicial contra a Transparência Internacional, apresentando, mais uma vez, narrativa construída através de graves distorções e omissões factuais e documentais, citações editadas de maneira descontextualizada e referências a matérias com conteúdos difamatórios, publicadas em veículo patrocinado pela própria empresa.”
“Campanhas de difamação e assédio“
A nota da Transparência Internacional termina dizendo o seguinte:
“As alegações apresentadas pela J&F já foram desmentidas diversas vezes pela própria Transparência Internacional e por autoridades brasileiras, inclusive pelo Ministério Público Federal e, mais recentemente, pela Procuradoria-Geral da República. Apesar disso, estas fake news vêm sendo utilizadas há quase cinco anos em graves e crescentes campanhas de difamação e assédio à organização.”
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