Gleisi celebra o dia do pastor
A ministra de Lula e o PT buscam reduzir a distância entre o partido e os evangélicos, que são 26,9% dos brasileiros

Enquanto a Fundação Perseu Abramo, braço de estudos do PT, organiza um curso para tentar aproximar o partido dos evangélicos, a ministra das Relações Institucionais e ex-presidente da legenda, Gleisi Hoffmann, demonstrou ter entendido o recado.
No domingo, 8, ela celebrou o dia pastor.
"Nesse domingo, o segundo do mês de Junho, é celebrado em muitas denominações evangélicas o dia do pastor. Dia para reconhecer aqueles que servem as pessoas em diferentes comunidades religiosas espalhadas por todo o Brasil. A vocês, pastores e pastoras que honram o chamado, a vocação que receberam, nossos parabéns! Deus abençoe a todos vocês", escreveu a petista no Instagram.
Em meio à queda de popularidade do presidente Lula, Gleisi e o PT buscam reduzir a distância entre o partido e o eleitorado evangélico, mais identificado com os políticos da direita.
Evangélicos em alta
O IBGE anunciou na sexta, 6, que os evangélicos passaram de 21,6% em 2010 para 26,9% em 2022, conforme o Censo Demográfico.
Os evangélicos correspondem a 47,4 milhões de pessoas no país.
Entre eles, a maior proporção –cerca de 31,6%– se encontra no grupo mais jovem, de 10 a 14 anos, enquanto o grupo de 80 anos ou mais representou a menor proporção, com 19%.
“Fé e Democracia para a Militância Evangélica Brasileira”
A Fundação Perseu Abramo iniciou na semana passada o curso “Fé e Democracia para a Militância Evangélica Brasileira” para integrantes da sigla.
Com 775 inscritos, serão oito aulas para tentar aproximar a legenda do eleitorado evangélico.
No primeiro encontro do curso, a teóloga pentecostal Angelica Tostes ensinou aos petistas que "a Bíblia é o livro da classe trabalhadora"
"Quantos de nós, indo para os nossos trabalhos, pegando o metrô, pegando o ônibus, a gente vê irmãos e irmãs de fé com a Bíblia, seja no celular, seja ela [na versão] física", afirmou.
Segundo ela, não dá para ignorar um campo que é sobretudo "preto, pobre, feito com mulheres da periferia".
Para a teóloga, o clichê sobre construir pontes é verdadeiro, mas não pode ser realizado da noite para o dia.
“A gente precisa pensar que o diálogo não é um miojo. ‘Três minutos, dialoguei com os evangélicos’. Não.”
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