Filho de desembargadora comprou veículo de R$ 145 mil um dia após suposta venda de sentença
Uma investigação da Polícia Federal no âmbito da Operação Faroeste mostra que o advogado Arthur Barata comprou uma caminhonete Ford Ranger por 145 mil reais um dia após sua mãe, a desembargadora Lígia Ramos (foto), ter proferido uma sentença que teria sido negociada por 400 mil reais. A magistrada e o filho foram denunciados pela...
Uma investigação da Polícia Federal no âmbito da Operação Faroeste mostra que o advogado Arthur Barata comprou uma caminhonete Ford Ranger por 145 mil reais um dia após sua mãe, a desembargadora Lígia Ramos (foto), ter proferido uma sentença que teria sido negociada por 400 mil reais. A magistrada e o filho foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República no esquema de venda de decisões no Tribunal de Justiça da Bahia.
A venda da sentença teria sido intermediada pelo advogado Julio Cesar Cavalcanti Ferreira, que após ser alvo da Operação Faroeste assinou um acordo de delação premiada. Segundo Ferreira, dos 400 mil reais combinados durante a negociação da sentença, 100 mil reais ficaram com ele e outros 300 mil reais foram entregues a Barata em frente a uma concessionária de Salvador.
Com base no relato do delator, a PF descobriu que o filho da desembargadora adquiriu a caminhonete na mesma concessionária no dia 5 de setembro de 2018. Um dia antes, a magistrada havia assinado a sentença favorável ao grupo representado pelo advogado Julio Cesar.
A PGR acusa a desembargadora e dois de seus filhos de organização criminosa e, na denúncia encaminhada ao Superior Tribunal de Justiça, pede o afastamento dela do cargo. Ao final do processo, se for condenada, Lígia Ramos terá de pagar uma multa de 950 mil reais -- mesmo valor que ela teria recebido pela suposta venda de sentenças em quatro processos.
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Comentários (10)
SONIA
2021-01-13 15:19:38coitada da PGR
Sonia Martha
2021-01-12 10:50:01Será que vai ser “aposentada” , recebendo salários pelo resto da vida? Se assim for, seria uma decisão tão IMORAL quanto a própria venda de sentenças
Regina
2021-01-11 20:37:26Qta podridão!
Neto
2021-01-11 14:49:55Se for culpada mesmo a pena dela será a aposentadoria! Brasil terra sem lei sem lei para os ricos e poderosos!
Vera
2021-01-11 11:58:01Só isso??? Vai continuar no cargo e recebendo salários pagos por nós? Vergonha. Lava Toga já!
Angela
2021-01-11 11:30:35Só isso... e o restante?
luiz antonio-rj
2021-01-11 06:39:49Nada de 2a instância para não criar problemas para SI nem para os outros. 1/3 dos parlamentares estão com a corda no pescoço. Lira tem processo no stf e vai ter que rebolar para assumir a presidência da república na linha de sucessão
Voto Salva
2021-01-10 18:55:20Precisamos de leis mais duras, fim do foro privilegiado, prender após segunda estancia, 8 anos de duração para cargo de ministro do STF, a volta da Lava Jato sendo que dessa vez mais turbinada, com uma equipe maior e mais equipada. 2022 esta chegando a pressõezonas das ruas e que vai arrumar o Brasil dessa orcrim e desse aparelhamento politico desenfreado. Polito que for pego em crime tem que ter o dobro da pena e pressão imediata.
ÉLIDE
2021-01-10 17:52:36A corrupção no Brasil é cultural. Está em todas instituições. Há uma certa prepotência desses que passam a perna na lei, mesmo que seja alguém a quem cumpriria defender a lei e fazer justiça. Foram séculos de malfeitos que forjaram esta sociedade atrevida e chegada a uma propina. Já vi muita gente , que se diz do bem ( misericordia!) arrotar esperteza com orgulho por ter enganado ou comprado um servidor público corrupto. Essa é a " elite " tupiniquim. Eivada de gente que não presta!
Patricia
2021-01-10 16:05:59Fico muito mais decepcionada quando vejo uma mulher fazendo isso com os filhos. A maioria das vezes a mulher não da conta sozinha e o filho segue um mau caminho. Mas criar para virar bandido?