Fernández critica Pfizer e diz que Argentina terá vacinas para 10 milhões até fevereiro
O presidente da Argentina, Alberto Fernández, declarou nesta quinta-feira, 31, que o governo peronista disporá das doses necessárias da Sputnik V, a vacina da Rússia, para imunizar 10 milhões de pessoas -- quase um quarto da população do país -- até o final de fevereiro. O chefe da Casa Rosada, no entanto, evitou fazer estimativas...
O presidente da Argentina, Alberto Fernández, declarou nesta quinta-feira, 31, que o governo peronista disporá das doses necessárias da Sputnik V, a vacina da Rússia, para imunizar 10 milhões de pessoas -- quase um quarto da população do país -- até o final de fevereiro. O chefe da Casa Rosada, no entanto, evitou fazer estimativas quanto à produção da vacina de Oxford no país. Ele também criticou as dificuldades impostas pelo laboratório Pfizer para a disponibilização de seu imunizante aos argentinos.
“Até o final de janeiro, receberemos 4 milhões de doses da primeira (aplicação) e mais um milhão da segunda. E em fevereiro teremos o número de doses que faltam para terminar a vacinação de 10 milhões de argentinos com a vacina Gamaleya”, contou Fernández, em entrevista à emissora Radio 10.
Sobre a Pfizer, o peronista atacou as exigências feitas pelo laboratório americano para a venda de seu imunizante, classificando-as como "inaceitáveis". A empresa iniciou tratativas com Buenos Aires que acabaram não se concretizando.
“Tem uma vacina que deve ser submetida a 70 graus abaixo de zero, que tem problemas logísticos de transporte muito complicados, cujos fabricantes pedem tantos preventivos para garantir imunidade contra o fracasso da vacina. Essa é a vacina que eles pedem que eu traga, e que eu traria encantado, mas não é por minha causa que elas não vêm. Não virão por causa das exigências de quem as fabrica", justificou o presidente.
Fernández chegou a comemorar a aprovação do imunizante de Oxford pela autoridade sanitária argentina, que será produzido por uma empresa da capital do país, mas não quis entrar em detalhes sobre os prazos para a entrega das doses da vacina britânica à população.
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Comentários (7)
Inês
2021-01-02 11:11:46O presidente argentino é sábio, pois a vacina russa não tem eficácia comprovada para idosos, eis que o presidente Putin não quis ser vacinado, mas em matéria de divulgação e cobaia humana na América do Sul, tudo é permitido.
Marcelo
2021-01-02 05:42:07Bem.... a Argentina tem 1/3 do território do Brasil e 1/4 da população. O Presidente de lá diz uma coisa óbvia sobre a falta de estrutura do país dele para garantir a logística de algo que até 24 horas antes da aplicação precisa de 70 graus negativos (como a da Moderna também). Todo mundo acha este argumento normal e realista - pois de fato é - mas, aqui no Brasil, não se pode falar nada pragmático sobre vacinação que parece má vontade do governo e seus responsáveis. Tá difícil.
Leonardo
2020-12-31 20:46:38Se falta ação do presidente, também falta do legislativo. O legislativo inclusive possui poderes muito mais amplos que o executivo, poderia extinguir a Anvisa, poderiam criar decretos legislativos, alternativas não faltam.
Jose
2020-12-31 18:02:45Um terço da população vacinada até fevereiro. Enquanto no Brasil teremos a maioria da população amarrada em um terço rezando desesperada para não morrer por causa da chegada da nova versão mais destrutiva do vírus. Bozistas, vocês são bestiais, dementes e delinquentes!
Júlio
2020-12-31 17:46:55Vejo muitos comentários nas materias dessa revista que gostariam de ter um presidente como esse bandido da Argentina. Esquerdistas doentes.
Fernao
2020-12-31 17:22:36Nao chores por min Argentina
ANTONIO
2020-12-31 17:11:41Se fosse no Brasil, a Rede já estaria no STF. Aliás, o STF deveria disponibilizar um cantinho na sua sede para uso da rede. Ficaria mais fácil.