FBI revela plano de assassinato da rainha Elizabeth II
O FBI divulgou na sexta, 26, 102 páginas de documentos de investigação sobre um plano de assassinato da rainha Elizabeth II, do Reino Unido, durante visita aos EUA na década de 1980. A divulgação se deu por meio de site oficial do órgão, The Vault, no início da semana, a pedido de lei de acesso...
O FBI divulgou na sexta, 26, 102 páginas de documentos de investigação sobre um plano de assassinato da rainha Elizabeth II, do Reino Unido, durante visita aos EUA na década de 1980.
A divulgação se deu por meio de site oficial do órgão, The Vault, no início da semana, a pedido de lei de acesso a informação (FOIA, na sigla em inglês) da NBC News.
Entre fevereiro e março de 1983, a rainha e seu marido, o príncipe Philip, fizeram uma visita oficial à costa oeste americana.
Segundo o FBI, menos de um mês antes da visita, um policial de San Francisco frequentador de um pub irlandês descrito como antimonarquista, alertou os agentes federais da suposta ameaça à rainha.
Não identificado, o policial afirmou que, em 4 de fevereiro, ele recebeu um telefonema de um simpatizante do Exército Republicano da Irlanda (IRA) que conhecera no pub.
O suspeito disse que "sua filha havia sido morta na Irlanda do Norte por uma bala de borracha" e buscava vingança.
Segundo o FBI, ele "ainda alegou que tentaria ferir a rainha Elizabeth e faria isso jogando algum objeto da ponte Golden Gate no iate real Britannia".
O suspeito também teria falado no telefonema que "tentaria matar a rainha Elizabeth II quando ela visitasse o Yosemite National Park".
O material divulgado pelo FBI não revela se o simpatizante do IRA chegou a executar pelo menos parte de seus planos.
Elizabeth II chegou a ser alvo de atentados que se concretizaram três vezes, todas entre 1970 e 1981.
Em 1970, sabotaram o trem dela na Austrália. E, em um intervalo de meses em 1981, dois adolescentes atiraram contra a rainha, um na Inglaterra e o outro na Nova Zelândia.
Diferentemente do plano revelado nesta semana, não há indícios de envolvimento do IRA ou de seus simpatizantes.
O Exército Republicano da Irlanda, IRA, é um nome dado a diversos grupos paramilitares desde a guerra de independência irlandesa em 1919.
O objetivo em comum entre todas essas milícias era a formação de um Estado independente e republicano na Ilha da Irlanda.
Algumas delas se desenvolveram em grupos terroristas que, além de promover atentados contra autoridades inglesas, promoviam perseguição a irlandeses protestantes na Irlanda do Norte. O país que até hoje integra o Reino Unido é majoritariamente protestante, enquanto a República da Irlanda é cristã.
O ápice da atividade terrorista do IRA e dos conflitos religiosos se deu nas décadas de 1960 e 1970, mas perdurou até quase a virada do milênio.
Um acordo de paz, chamado Good Friday Agreement, foi selado apenas em 1998.
Desde então, o diálogo assumiu o espaço da violência na política irlandesa.
Vice-presidente do Sinn Féin, partido republicanista ligado ao IRA, a deputada norte-irlandesa Michelle O'Neill compareceu à cerimônia de coroação de Charles III, no início do mês.
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Comentários (1)
GIL FERREIRA FERNANDEZ
2023-05-28 10:34:47Tem um equívoco na notícia. Pois, tanto o protestantismo como catolicismos são cristãos. No texto deveria estar católicos na república da Irlanda em vez de somente cristãos.