Exército decide não punir Pazuello por ato político ao lado de Bolsonaro
O comandante do Exército, Paulo Sérgio Nogueira, concluiu que o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello (foto) não cometeu transgressão disciplinar ao participar de um ato político promovido pelo presidente Jair Bolsonaro no Rio, no final de maio, e o poupou de uma punição. A decisão foi comunicada pela Força na tarde desta quinta-feira, 3. "O Comandante...
O comandante do Exército, Paulo Sérgio Nogueira, concluiu que o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello (foto) não cometeu transgressão disciplinar ao participar de um ato político promovido pelo presidente Jair Bolsonaro no Rio, no final de maio, e o poupou de uma punição.
A decisão foi comunicada pela Força na tarde desta quinta-feira, 3. "O Comandante do Exército analisou e acolheu os argumentos apresentados por escrito e sustentados oralmente pelo referido oficial-general", diz a nota. "Em consequência, arquivou-se o procedimento administrativo que havia sido instaurado", emenda.
Paulo Sérgio Nogueira era cobrado a punir Pazuello porque o o regulamento disciplinar do Exército veda a participação de militares da ativa em eventos políticos. Em sua defesa, o ex-ministro evocou o artigo 6º da norma, o qual estabelece que deve ser considerada a "honra pessoal" do militar -- ou seja, o "sentimento de dignidade própria, como o apreço e o respeito de que é objeto ou se torna merecedor o militar, perante seus superiores, pares e subordinados".
Pazuello relatou ao Exército que participava de um passeio motociclístico com o presidente, quando Jair Bolsonaro o chamou a subir no trio elétrico. O general alegou que não poderia rejeitar o convite devido aos laços que tem com o presidente. Além disso, disse que o presidente não tem filiação a qualquer partido e, portanto, o ato não poderia ser classificado como político.
Pazuello foi poupado pelo Exército na mesma semana em que ganhou um cargo no Planalto. Na terça-feira, 1º, ele foi nomeado como secretário de Estudos Estratégicos da Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos, vinculada à Presidência da República.
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Comentários (10)
Francisco
2021-06-04 15:21:08Fui soldado recruta do Exército, por obrigação legal. Implorei para não, pois arranjo emprego numa loja e estudava a noite. Resposta que tive, eu meu irmão mais velho? Raspa logo a cabeça dela. Se pedir mais uma vez, já fica aqui. Saímos arrados. Cumprir a missão. O que vi? 90% dos oficiais eram filhos de oficias. Colégio militar, ensino de elite, só pra eles. Eu recruta, restava limpar banheiro, pimpão meio fio e ficar calado.
Carlos
2021-06-04 09:34:08Que vergonha virou o exército brasileiro.Nojo...
DARLEI
2021-06-04 01:00:38Temos o presidente que merecemos. Os militares que têm espinha vertebral já saíram deste governo. Sobrou ista que estamos vendo. Paciência....
Max
2021-06-04 00:19:25O general Pazuello, ainda na ativa, depois de uma gestão desastrosa à frente do Ministério da Saúde resolveu seguir na companhia do Jair, mentindo em CPI e fazendo figuração no palanque “pré-eleitoral”. Ambos, jogam para assanhar a militância bolsolavista, enquanto o TRE e o Exército Brasileiro fazem de conta que foi tudo uma questão de amizade, acreditando que no BR todos os contribuintes e eleitores são imbecis de memória curta. Deixa estar.
Luiz
2021-06-03 22:09:34Quem começou anular punição foi o STF, não adianta chorar, aguenta e para de reclamar.
Nyco
2021-06-03 20:40:21Parabéns ao Comandante do Exército Paulo Sérgio, na verdade o Gal Pazuello não estava num evento político e sim, num evento de motoqueiros que homenageavam nosso Presidente, o melhor de todos os tempos. Agora, .... aguardemos os comentários do PALHAÇO, comentarista de comentários alheios.
Emilio Cêdo
2021-06-03 20:07:23A manchete poderia ser: "O aparelhão de Bolsonaro".
Mirna
2021-06-03 20:06:12Quem passou o mandato tensionando o país foi o PR da república que, como militar, infringiu a disciplina do Exército e foi colocado para fora da Força. Agora dá o troco impondo o perdão para um ato de indisciplina de um general da ativa. Parece estar apenas preparando o terreno para uma aventura autoritária. É preciso que os democratas deste país, i.é., a maioria do povo brasileiro, dê sua resposta ocupando as ruas e derrotando em 2022 o capitão indisciplinado que hoje ocupa a presidência.
Lasier
2021-06-03 18:27:52Os milicos fazem o mesmo que as excrescências do stf, como mafiosos, fecham-se na proteção aos seus.
Rosele Sarmento Costa
2021-06-03 18:01:11As forças armadas abriram um precedente muito perigoso! A política está se infiltrando nos quartéis e ameaçando a nossa democracia.