Ex-presidente do Peru diz ter tomado vacina chinesa e será investigado
O engenheiro Martín Vizcarra deixou a presidência do Peru em novembro do ano passado após uma votação de impeachment no Congresso. Ele foi acusado de ter recebido subornos de empresas construtoras quando ainda era governador de Moquegua. Vizcarra tinha uma aprovação de cerca de 70% e sua saída levou diversos peruanos a protestarem nas ruas....
O engenheiro Martín Vizcarra deixou a presidência do Peru em novembro do ano passado após uma votação de impeachment no Congresso. Ele foi acusado de ter recebido subornos de empresas construtoras quando ainda era governador de Moquegua. Vizcarra tinha uma aprovação de cerca de 70% e sua saída levou diversos peruanos a protestarem nas ruas.
O ex-presidente agora aparece envolvido em uma nova irregularidade. No último dia 11 de fevereiro, ele disse ter participado com sua esposa Maribel dos testes clínicos da vacina chinesa Sinopharm, quando ainda era presidente, em outubro de 2020. Cerca de 12 mil peruanos participaram desses testes. A Universidade Peruana Cayetano Heredia, porém, divulgou uma nota dizendo que o ex-presidente e sua esposa não estavam entre os voluntários que tomaram a vacina.
Nesta segunda, 15, um grupo de deputados de diversos partidos apresentou um pedido para se criar uma comissão de investigação. O grupo teria 60 dias para verificar se ocorreu favorecimento na aplicação de vacinas. Além de Vizcarra, suspeita-se que ministros também tomaram doses da Sinopharm.
"Vizcarra era visto por muitos peruanos como um presidente distinto, uma exceção entre políticos corruptos", diz o cientista político peruano Fernando Tuesta, da PUC do Peru. "Vizcarra agora está concorrendo a uma cadeira no próximo Congresso e muito provavelmente ele está fazendo isso para ganhar imunidade parlamentar. Além das questões de quando era governador de Monquegua, agora também precisa lidar com essa denúncia da vacina, em que ele teria se aproveitado de sua posição de poder. Muita gente se decepcionou com ele."
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (2)
MARIA
2021-02-15 22:05:43MS segue a OMS : a vacina não foi testada em grávidas humanas. ACREDITA-SE, que não fará mal aos bebês humanos. A afirmação não é suficiente para caracterizar um EXPERIMENTO em andamento? Se grávidas forem vacinadas inadvertidamente, devem ser monitoradas. Não inventaram testes de gravidez? Se der errado, mata o bebê? Trials clinicos insuficientes para condições específicas, inequidade na oferta mundial, resultados muito diversos entre as vacinas, punir quem topa participar do EXPERIMENTO?
Magdalena
2021-02-15 16:48:51Imaginem se os peruanos tivessem um presidente como Bolsonaro...dai teriam muiiiitos motivos pra se decepcionarem e não por ele ter tomado vacina quando ainda não era sua vez