Europeus reconhecem Juan Guaidó. Itália e Grécia ficam de fora
Cerca de uma dúzia de países da União Europeia reconheceram o deputado Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela entre a noite de domingo e a manhã desta segunda-feira, 4. O movimento acontece após o final do ultimato de oito dias que algumas nações deram para o ditador Nicolás Maduro convocar novas eleições. Maduro até...
Cerca de uma dúzia de países da União Europeia reconheceram o deputado Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela entre a noite de domingo e a manhã desta segunda-feira, 4.
O movimento acontece após o final do ultimato de oito dias que algumas nações deram para o ditador Nicolás Maduro convocar novas eleições. Maduro até aceitou a ideia de chamar um novo pleito, mas para formar um novo Congresso, e não para eleger um novo presidente.
Por causa de resistências internas, o bloco europeu decidiu não fazer um reconhecimento em grupo. Os governantes, assim, estão reconhecendo Guaidó de maneira independente.
A lista dos que já apoiaram o presidente encarregado Juan Guaidó inclui França, Inglaterra, Espanha, Hungria, Polônia, Dinamarca, Suécia, Áustria, Portugal, Letônia, Lituânia, Holanda e Alemanha.
A ausência mais sentida é a da Itália, governada por uma coalizão entre o Movimento 5 Estrelas e a Liga. O vice-presidente italiano, Luigi de Maio, justificou a recusa dizendo que Guaidó não foi eleito pelo povo. Também disse que quer evitar uma guerra, como a que aconteceu na Líbia.
É verdade que Guaidó não foi eleito, mas isso não quer dizer que ele seja ilegítimo. A Constituição venezuelana afirma que, no caso de o cargo de presidente ficar vago, o presidente da Assembleia Nacional assume o posto. Guaidó foi nomeado, no início do ano, para o cargo supremo na Câmara. Segundo a oposição local, o posto de presidente ficou vago no dia 10 de janeiro porque a última eleição presidencial, realizada em maio, foi uma fraude.
A Grécia, governada pelo partido de esquerda, Syriza, tem dado apoio a Nicolás Maduro desde sempre. A agremiação é bastante influenciada pelos russos.
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Comentários (5)
Máxima
2019-02-04 22:44:51Ótimo. E pensar que é graças à eleição de Bolsonaro que isso está acontecendo. O Brasil mudou de rumo e incentivou os EUA e paises da Europa a interferirem na Venezuela para livrar o povo venezuelano da fome e da miséria.
Marcos
2019-02-04 13:56:58A esquerda se mostrando canalha. Trump falou a verdade, quando disse que o problema do socialismo é ser implementado direito. Só onde isto ainda não foi possível é que ele não revela sua verdadeira face ditatorial.
JAMES
2019-02-04 13:44:01De que adianta apoio da UE se Roger Walters apoia Maduro?? Ó, e agora, o que será de nós, conservadores e liberais?! Eu quero mais é que o Pink se Floyd! Tem que ser muito canalha pra comer caviar e apoiar ditador que mata o povo de fome.
Rafael
2019-02-04 11:38:11Tudo isso é muitíssimo curioso e paradoxal: dentro da Rússia Putin é visto como de direita - combate as heranças do comunismo e defende o nacionalismo.
Tereza
2019-02-04 11:28:02Muito me admira a Grécia, o berço da democracia, em um momento crucial como este, vir apoiar um ditador. Estou pasma!