Esquema alvo da Operação Chorume movimentou R$ 400 mi em espécie
O esquema de corrupção e lavagem de dinheiro investigado pela Operação Chorume, deflagrada nesta terça-feira, 4 pela Polícia Federal de São Paulo, movimentou cerca de 400 milhões de reais em espécie, entre 2012 e 2017 Segundo os investigadores, 245 milhões de reais do montante total envolvem contratos simulados feitos pelo consórcio Soma, que presta serviços de...

O esquema de corrupção e lavagem de dinheiro investigado pela Operação Chorume, deflagrada nesta terça-feira, 4 pela Polícia Federal de São Paulo, movimentou cerca de 400 milhões de reais em espécie, entre 2012 e 2017
Segundo os investigadores, 245 milhões de reais do montante total envolvem contratos simulados feitos pelo consórcio Soma, que presta serviços de limpeza e varrição para a prefeitura de São Paulo desde 2011. Ao menos 24 empresas de fachada teriam sido usadas para gerar notas frias e três doleiros eram encarregados de providenciar os recursos em espécie.
Com base em planilhas apreendidas com os operadores em ações anteriores, a PF identificou que o maior volume de dinheiro vivo foi gerado em 2014, ano de eleições no país. Os policiais suspeitam que os recursos tenham sido usados para pagar propina a políticos, mas o destino do dinheiro ainda está sob investigação, que corre em sigilo.
Na operação desta terça, que compõe sétima fase da Operação Descarte, iniciada em 2018, a PF investiga o pagamento de propina de 3 milhões de reais, parte por meio do escritório de advocacia Carvalho & Carvalho, para barrar uma fiscalização da Receita Federal sobre o grupo em 2017. O pagamento teria sido feito a um ex-servidor do Serpro, Serviço de Processamento de Dados do governo federal, que se passava por auditor do Fisco.
Nas buscas e apreensões realizadas nesta terça, a PF encontrou 77 mil reais e 10 mil dólares em espécie (foto) nas casas de um doleiro e dois operadores suspeitos de integrar o esquema. O escritório de advocacia era uma das empresas que fornecia notas frias ao consórcio Soma. Os operadores indicavam as contas bancárias de empresas de fachada para as quais deveriam ser realizadas as transferências. Em seguida, devolviam o dinheiro em espécie, cobrando uma taxa de 2 a 3% pelo serviço.
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Comentários (8)
Kris Brasil
2020-02-05 16:28:05A justiça paulista é a mais dispendiosa do país. Pagamos impostos escorchantes para manter servidores com resultados pífios. A Lava Jato de Curitiba e Rio, com estrutura muito menor apresentam resultados excelentes. Vamos cobrar da justiça paulista que honre os seus cargos e coloquem os corruptos na prisão. Toda semana estoura escândalos de milhões, bilhões desviados. Não aguentamos mais. BASTA!!!
Kris Brasil
2020-02-05 08:00:35Esperamos que o judiciário de SP, o mais caro do Brasil, faça o seu trabalho. A Lava Jato de Curitiba e Rio (os mais exemplares) apresentam resultados com uma estrutura bem menor. Esperamos que esses exemplos despertem o brio, o senso de dever e patriotismo do judiciário de SP. Milhões, bilhões do dinheiro público desviados por décadas e continuam. É CHOCANTE!!!
José O CONSERVADOR
2020-02-04 17:56:19Lí até o final e não ví nada com relação aos homens do PT, logo não sei ler!!!
Rogemon
2020-02-04 16:38:33400 milhões!! Choca ver diariamente os montantes da corrupção. Somente com o fortalecimento e prestígio popular do Min da Justiça, do Poder Judiciário Federal, do MPF e da PF haverá alguma esperança de um país melhor, com a identificação e prisão da bandalha corrupta que tantos males causam ao país e ao seu povo!! Queira Deus que já estejamos no caminho certo!!!
Ana
2020-02-04 16:35:15Prática escancarada e generalizada feita por praticamente todas as prefeituras com orçamentos altos,faltam mesmo ,é fiscalização dos orgãos e sobram conivências das câmaras legislativas. Duvido que saiamos dessa imoralidade.Cansei
Getulio
2020-02-04 15:18:47A PF deve sempre mostrar fotos do dinheiro público surrupiado e depois recuperado, não importa se oculto em malas, avionetas (com ou sem cocaína), ou em valhacoutos de piratas travestidos de políticos ou empresários. Apesar da exibição das fotos, os bandidos esperam contar com a simpatia de certos políticos togados -- patronos da soltura e operadores, em regime de oligopólio, da notória fabriqueta de HC, símbolo maior da impunidade reinante no sistema identificado como geleia real.
Luiz
2020-02-04 15:12:36Mais trabalho para aquele ministro libertador de corruptos.
José
2020-02-04 15:07:32E a OAB que gosta de se meter onde não é chamada e dar palpite em tudo? Quando tem dos seus envolvidos fica quieta?