Eslováquia deve ter nome pró-Rússia como primeiro-ministro
Neste sábado (30), a Eslováquia se encaminhou para eleger Robert Fico (foto) como seu primeiro-ministro. O parlamentar, que já comandou o país entre 2006 e 2010 e entre 2012 e 2018, é o líder do SMER, partido de centro-esquerda que saiu como o mais votado nas eleições gerais. Com quase 100% das urnas apuradas, é...
Neste sábado (30), a Eslováquia se encaminhou para eleger Robert Fico (foto) como seu primeiro-ministro. O parlamentar, que já comandou o país entre 2006 e 2010 e entre 2012 e 2018, é o líder do SMER, partido de centro-esquerda que saiu como o mais votado nas eleições gerais.
Com quase 100% das urnas apuradas, é garantido que nenhum partido teve a maioria de 76 cadeiras para obter a maioria do parlamento nacional. Com 42 cadeiras, o SMER tem a possibilidade de liderar as negociações por uma coalização que comande o país, com Fico chegando ao comando do país pela terceira vez em vinte anos.
Em segundo lugar, ficou o recém-criado PS, de centro liberal. O partido, que não tinha cadeiras até então, agora terá 32 parlamentares e, se unir ao partido de Robert Fico, poderá abocanhar uma parte relevante do futuro governo eslovaco.
Há derrotados na eleição — o partido conservador OL'aNO caiu de 55 para 16 cadeiras e perdeu o governo — mas talvez o maior derrotado esteja fora das fronteiras do país: é a vizinha Ucrânia, que não deve contar com os esforços de Fico para apoiá-la contra a invasão russa que já dura 20 meses.
O líder do SMER é declaradamente pró-Moscou, e já disse em ocasiões anteriores que deve lutar pela paz na Ucrânia, ao mesmo tempo em que defende que os eslovacos têm assuntos mais importantes para tratar.
Ao mesmo tempo, um futuro governo seu deve lidar com os próprios esqueletos no armário. A última passagem de Fico no poder se encerrou subitamente em 2018, com um assassinato político, que gera instabilidade desde então no país, com quatro primeiros-ministros em cinco anos.
As vítimas foram o jornalista investigativo Ján Kuciak e a sua noiva, Martina Kušnírová, uma arqueóloga. Ambos tinham 27 anos quando foram assassinados a tiros em 21 de fevereiro de 2018. O crime aconteceu dentro da residência do casal, na pequena cidade de Vel'ka Mača, a cerca de 60 quilômetros da capital, Bratislava.
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Comentários (1)
Homero
2023-10-02 20:53:23que país triste esse! Sem solidariedade. Sem valores humanitários. Parece até um certo país que conhecemos muito bem. Democracia e liberdade estão indissoluvelmente ligados...