Entrada da Bolívia no Mercosul: sem sentido político, muito menos econômico
Durante seu discurso na abertura da cúpula do Mercosul nesta terça-feira (4), Lula indicou que quer um quinto membro permanente no bloco econômico: a Bolívia, de Luis Arce Catacora. "Temos urgência para o acesso da Bolívia como membro pleno e trabalharei pessoalmente por sua aprovação no Congresso brasileiro", disse o chefe de Estado brasileiro, perto...
Durante seu discurso na abertura da cúpula do Mercosul nesta terça-feira (4), Lula indicou que quer um quinto membro permanente no bloco econômico: a Bolívia, de Luis Arce Catacora.
"Temos urgência para o acesso da Bolívia como membro pleno e trabalharei pessoalmente por sua aprovação no Congresso brasileiro", disse o chefe de Estado brasileiro, perto do final do seu discurso em Puerto Iguazú.
A entrada de La Paz no bloco encheria a mesa de negociações —como querem Lula e Alberto Fernández, o presidente argentino— e não muito mais que isso. Para o diretor do Centro de Estudos de Integração e Desenvolvimento(Cindes), Pedro da Motta Veiga, a proposta não tem sentido político, muito menos econômico.
Primeiro, o argumento político. "A agenda do Lula do Mercosul não é econômica e sim política — e nada muito profundo, é mais dizer que todos estão unidos e fazer declarações conjuntas", argumenta o especialista em comércio exterior. "Não há nenhuma perspectiva ou ambição política, como por exemplo evoluir como a União Europeia."
No aspecto econômico, a ideia de Lula não faz muito sentido porque a Bolívia tem um peso muito menor que o dos seus vizinhos. "É uma economia muito pequena, praticamente monoprodutora de petróleo e gás, e que ainda por cima está em uma situação delicada economicamente", resumiu. Nem politicamente o país se acerta.
Além disso, a Bolívia tem tarifas de importação baixas, menores que a Tarifa Externa Comum aplicada pelo Mercosul. Em outras palavras, o país cobra um imposto menor nas suas importações, e por isso está mais aberto para o mundo do que os países do bloco. Se fosse se adequar à Tarifa Externa Comum do Mercosul, a Bolívia teria de elevar as suas taxas. "Imaginar que a Bolívia vai aumentar as tarifas para entrar na área comum do Mercosul me parece completamente irrealista", diz Veiga. "Isso teria um efeito desastroso sobre o produtos no mercado interno boliviano, visto que eles importam quase tudo."
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Comentários (5)
Tereza
2023-07-05 15:19:19O que ele quer é por mais um cumpanhero lá e enfraquecer as posições do Uruguai e do Paraguai, que não lhe dão tapinha nas costas.
ANTONIO
2023-07-04 20:30:55A eventual e pretendida entrada da Bolívia no MERCOSUL encheria sim a mesa, não de negociações, sim de drogas! Ave Lula!
Odete6
2023-07-04 19:33:19A gente se depara c/ fotos desse irracional grunhidor de sandices (coisa maaaiiiisss hooorrorooosa, gente!!!) e, passa a levar Cesare Lombroso totalmente a sério!!! É impressionante a plasticidade dos seres vivos, ainda q seja 1 espécie de mero "fungo"!!! Nada de projetos fundamentados c/ conteúdo consistente, ou planos úteis e concretos, nada de proposições lógicas, nada de posturas decentes, apenas bobaginhas s/ noção e s/ nexo proferidas p/ mais essa ameba empalhada desgovernante do BRASIL!!!
Adriano
2023-07-04 17:24:12Botem a bolívia no mercosul. A NARCOSUL agradece. (qualquer pesquisa no google diz quem é esse pessoal...)
MARCOS ANTONIO RAINHO GOMES DA COSTA
2023-07-04 14:55:41E EXPORTAM COCAÍNA. O MAIOR PAÍS FABRICANTE DE COCAÍNA.