Engole o choro, Lula
O petista sempre sonhou em ganhar o Nobel da Paz. Nunca mereceu. Quem levou este ano foi María Corina Machado, a quem Lula se recusa a citar

O presidente Lula decidiu enviar o assessor especial da Presidência Celso Amorim, em junho de 2023, para Oslo, na Noruega.
A missão do ex-diplomata era representar o presidente brasileiro no Fórum de Oslo, um centro de discussão com a presença de diversos ganhadores do Nobel da Paz e de autoridades norueguesas.
Ao contrário dos outros prêmios Nobel escolhidos por instituições suecas, o da paz é função do Comitê Norueguês do Nobel, composto por cinco membros escolhidos pelo Parlamento do país.
Lula estava em plena campanha para ganhar o Nobel, mas fazia tudo na surdina.
Quando vazou a informação sobre a viagem de Amorim (o assessor faz várias viagens clandestinas), Lula optou por cancelar o convescote de Amorim em Oslo.
María Corina
Nesta sexta, 10, quando saiu a divulgação da escolha da opositora María Corina Machado para o Nobel da Paz, Amorim foi o primeiro membro do governo Lula a se manifestar publicamente.
"O prêmio Nobel não é moral, mas político. Para quem está lá na Europa, a Venezuela pode ser uma questão menor. Para nós no Brasil, é vital", disse Amorim ao UOL.
“Não sei os critérios do Nobel. Nem ponho em dúvida as qualidades pessoais da María Corina. Eu havia lido uma referência a uma postagem de um porta-voz da Casa Branca, aparentemente retirada, em que dizia que o Comitê do Nobel priorizou a política em relação à paz. Pessoalmente achei interessante”, afirmou Amorim à CNN.
Amorim está desnorteado, sem bússola, daí suas frases parecerem tão estranhas e sem sentido.
O argumento de que se trata de uma escolha política é uma maneira de desmerecer o prêmio ganho de María Corina Machado.
Guerras
Lula achava que ganharia o Nobel da Paz por sua luta contra a fome no mundo, ou por sua intromissão em conflitos alheios.
Mas o petista nunca contribuiu para a paz.
Seu envolvimento na invasão russa da Ucrânia se reduz a um apoio descarado ao ditador Vladimir Putin.
Suas falas sobre a guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas não valem mais nada, principalmente após o presidente americano Donald Trump costurar um acordo de paz — sobre o qual Lula não se manifestou até agora.
E sua defesa da democracia não convence ninguém. Muito pelo contrário: é notório que Lula sempre defendeu o ditador Nicolás Maduro.
Choro
Quando jornalistas perguntaram o que Lula achava de a candidatura de María Corina não ter sido aceita na eleição na Venezuela em 28 de julho do ano passado, o presidente respondeu:
"Aqui neste país [Brasil], eu fui impedido de concorrer às eleições de 2018. Ao invés de ficar chorando, eu indiquei um outro candidato que disputou as eleições [Fernando Haddad]", afirmou o presidente.
Agora, é a hora de Lula engolir o choro.
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Comentários (3)
Nelson Lemos Costa
2025-10-10 17:08:59Esse aí só merece o Prêmio Nobel da cara de pau, do cinismo, da desumanidade.
Marcia Elizabeth Brunetti
2025-10-10 16:54:25Pois é. A ideia de acabar com guerras na mesa de um boteco parece que não colaram. Quanto ao problema na Venezuela, ainda dá tempo de LULA chamar Maduro para vir ao Brasil, num boteco em São Paulo, tomar um GIN, talvez.
Clayton De Souza pontes
2025-10-10 16:18:23As manifestações do Amorim dão bem a estatura moral dessa criatura, que ilustra perfeitamente o status de anão diplomático do Brasil. Parabéns para a Corina