Empresário montou 'QG da propina' na Prefeitura do Rio, diz doleiro
A denúncia de que o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (foto), montou um balcão de negócios para cobrar propinas está no anexo 15 da delação do doleiro Sérgio Mizrhay, preso na Operação Câmbio, Desligo, da Lava Jato fluminense, em maio de 2018. A cobrança seria para liberar pagamentos devidos a empresas pela prefeitura....
A denúncia de que o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (foto), montou um balcão de negócios para cobrar propinas está no anexo 15 da delação do doleiro Sérgio Mizrhay, preso na Operação Câmbio, Desligo, da Lava Jato fluminense, em maio de 2018. A cobrança seria para liberar pagamentos devidos a empresas pela prefeitura.
Na delação, Mizrhay conta que o empresário Rafael Alves, além de ser o operador do esquema, "foi o responsável por viabilizar a doação de recursos de diversas empresas e pessoas físicas para a campanha do prefeito Marcelo Crivella".
Em troca, o prefeito do Rio ofereceu um cargo ao empresário, que preferiu não aceitar para "não aparecer e continuar agindo nos bastidores", segundo o doleiro. Assim, indicou o irmão, Marcelo Alves, para a presidência da Riotur, empresa municipal de turismo. "Mesmo sem ocupar cargo público, Rafael Alves frequenta diariamente o órgão, tem sala e montou ali um verdadeiro QG da propina da prefeitura", acrescentou o delator.
Mizrhay disse que toda a semana recebia cheques de Rafael "para posterior recebimento em espécie". Um deles era relacionado a uma propina da empresa Locanty, que está descrita em detalhes em outro anexo da delação. O doleiro entregou esse cheque como uma das provas para corroborar os fatos que descreveu, de acordo com o anexo da delação feita ao Ministério Público Federal.
Para sustentar a acusação, segundo o Ministério Público Federal, há outros cheques, depoimentos dos motoristas de Mizrhay e um pen drive com imagens da portaria do prédio da companheira do doleiro, em que aparecem funcionários da Riotur. Os dois teriam ido resgatar os cheques de propina da Locanty.
As informações dadas pelo doleiro são investigadas pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro. A Câmbio, Desligo levou à prisão de Dario Messer, considerado o "doleiro dos doleiros", e à Operação Patron, em que foi pedida a prisão do ex-presidente do Paraguai Horacio Cartes.
Cartes, senador vitalício no país vizinho, obteve no Superior Tribunal de Justiça um habeas corpus que suspendeu a prisão determinada pelo juiz da 7ª Vara Federal Criminal, Marcelo Bretas. O ex-presidente paraguaio é acusado de lavar dinheiro para Messer e de ter financiado a fuga do doleiro, a quem se referia como "meu irmão".
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Comentários (9)
JULIO
2019-12-03 16:33:22É por essa e outras que a Lava Jato não pode acabar. Os políticos são os mesmos, a lama é a mesma, o modus operanti é o mesmo. Enquanto o povo, os eleitores, não mudarem..... Não tem solução.
JAT
2019-12-02 15:43:14Pais de FAZ DE CONTA.
Anarquista
2019-12-02 14:09:17Crivela deve ter levado pra prefeitura o esquema universal de chantagem usando o nome de Deus pra levantar um capilé e posar de vestal enquanto ardem US$ no seu cofre
HUGO
2019-12-02 12:59:42pode esperar Grivella sua hora vai chegar, será que esses caras não veem que a era da corrupção chegou ao fim, uma hora a casa cai.
Jose
2019-12-02 11:13:31Como eu sempre falei neste espaço: a direita e a esquerda são corruptas. A política do Brasil não se divide entre esquerda e direita, tal como querem nos deixar pensar os Bozistas e os lulopetralhistas. A política do Bradil se divide entre honestos e desonestos, sendo que o último grupo conta com amplo apoio popular.
Delcinir
2019-12-02 10:56:45Agora é só orar ao Senhor e tudo se resolvera.
Marcelo
2019-12-02 10:42:35Parece estar no DNA dos políticos do Brasil
Cretino
2019-12-02 10:39:03E o sujeito é um "pastor religioso", imaginem se fosse o capeta.
Aguia
2019-12-02 10:30:46Faltam ‘H’omens, sobram moleques.