Em resposta à Câmara, governo propõe R$ 77,4 bi para estados e municípios
O Ministério da Economia propôs nesta terça-feira, 14, um pacote de 77,4 bilhões de reais para ajudar estados e municípios no combate ao novo coronavírus. Somado aos 49,9 bilhões de reais que custeiam medidas já em andamento, o total de repasses deve chegar a 127,3 bilhões de reais. A nova proposta trata-se de uma alternativa...
O Ministério da Economia propôs nesta terça-feira, 14, um pacote de 77,4 bilhões de reais para ajudar estados e municípios no combate ao novo coronavírus. Somado aos 49,9 bilhões de reais que custeiam medidas já em andamento, o total de repasses deve chegar a 127,3 bilhões de reais.
A nova proposta trata-se de uma alternativa ao plano de socorro aos entes federativos desenvolvido e aprovado pela Câmara na noite de segunda-feira, 13. O projeto dos parlamentares, que ainda precisa passar pelo crivo do Senado, prevê a recomposição das perdas do ICMS (estadual) e ISS (municipal) por seis meses com base na arrecadação de 2019.
O texto dos deputados não elenca valores específicos. Com a previsão de uma baixa nas receitas de 30%, a proposição apenas estima um impacto fiscal de 80 bilhões de reais nos cofres da União. Como o percentual pode variar, a equipe econômica considera a matéria um "cheque em branco”. O plano ainda estabelece a suspensão de 9,6 bilhões de reais em dívidas dos estados com o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal e o BNDES.
O governo quer descrever o custo das ações emergenciais de forma clara e dividir os recursos pelo critério per capita. Dos 77,4 bilhões de reais previstos na contraproposta, a maior fatia refere-se a repasses diretos. Serão 40 bilhões de reais distribuídos a fundos de saúde, a programas de alimentação, ao sistema único de assistência social e a transferências livres — sem rubrica específica, deixando o gestor livre para aplicá-las.
O montante descrito no programa engloba a suspensão de 22,6 bilhões de reais em dívidas de estados e municípios com a União e de 14,8 bilhões de reais em débitos com a Caixa e o BNDES.
De acordo com o assessor especial de Relações Institucionais do Ministério da Economia, Esteves Colnago, a alternativa será discutida com o Senado. “É uma opção natural, porque é a segunda casa. Então, vai haver uma conversa. Se o ajuste puder ser feito no Legislativo, ainda é melhor”, explicou. Caso não haja acordo, a transferência dos recursos deve ocorrer via medida provisória.
Colnago avaliou não ser razoável garantir a recomposição dos caixas estaduais e municipais por seis meses, uma vez que a maioria dos programas do governo prevê auxílios por somente três meses.
"Os 40 bilhões ofertados [via transferência direta] são muito próximos daquilo que se entende como necessário para a perda por três meses. Há uma racionalidade e uma proximidade entre aquilo que foi ofertado pela equipe econômica e o que está preocupado parlamentares", acrescentou.
Nas contas do governo, se estados e municípios tiverem uma perda de arrecadação de 30% em seis meses, a União teria de arcar com 85,4 bilhões de reais. Se a queda no recolhimento de ISS e ICMS chegar a 50%, o custo da compensação seria de 142,4 bilhões de reais.
"Se os 40 bilhões de reais de transferência direta, daqui a 15 dias, 20 dias ou um mês e meio se mostrarem insuficientes, a gente pode se reunir e propor uma nova medida provisória, com novos recursos e para outras finalidades", completou Colnago.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (8)
Galwin
2020-04-14 18:54:57Crusoé, o que está havendo? Bloqueio de comentários?
Sergio
2020-04-14 17:07:47ESTA DANDO CERTO A TRAMOIA DOS QUE QUEREM FALIR O PAÍS, ESTÃO AFUNDANDO O GOVERNO FEDERAL EM DÍVIDAS. TODOS TEM QUE SE SACRIFICAR, MAS OS POLITICOS NÃO MEXEM NOS BOLSOS, POLPUDOS IMERECIDOS SALARIOS!!!
ALEXIS
2020-04-14 15:59:20Esse governo só atua sob pressão. Se a Câmara não tivesse aprovado a ajuda aos Estados e Municípios, Guedes não teria feito nada e ia ficar esperando o país ruir. Volto a dizer, Guedes é um farsante e não entende de macroeconomia. A única expertise dele é tomar dinheiro de fundo de pensão de servidor público. Ele e BolsoNERO não entenderam que se os Estados e os Municípios colapsarem, o país inteiro vai junto. É mais barato fazer algo agora do que esperar a coisa piorar.
Miguel
2020-04-14 15:44:35FONTE: Agência Brasil. O Brasil registra 200 novos casos de tuberculose por dia, (dados do Min.da Saúde). A tuberculose é uma doença grave. e está entre as 10 causas de morte no mundo: são 10 milhões de casos por ano e mais de 1 milhão de óbitos. No Brasil, em 2019, foram registrados 73.864 mil casos novos da doença. A taxa de mortalidade caiu cerca de 8% na última década. Foram 4.881 mortes em 2008, contra 4.490 em 2018. Tudo é relativo: A TUBERCULOSE é uma DOENÇAZONA.
Carlos
2020-04-14 15:04:45O maior problema do país é ser conduzido por um Congresso onde vários políticos possuem CODINOME em listas de PROPINAS.
Afranio
2020-04-14 14:57:22Atenção assinantes da Crusoe, para não serem surpreendidos como eu, enviem EMail : [email protected] e solicitem a retirada da renovação automática. Isso é uma armadilha dessa revista.
Afranio
2020-04-14 14:56:56Atenção assinantes da Crusoe, para não serem surpreendidos como eu, enviem EMail : [email protected] e solicitem a retirada da renovação automática. Isso é uma armadilha dessa revista.
Vera
2020-04-14 14:42:48Bando de ladrão 😡