Em plebiscito, equatorianos devem pedir mais segurança
O Equador realizará um plebiscito sobre diversos temas neste domingo, 21. Serão onze perguntas, sendo que aquelas que mais têm apoio nas pesquisas de opinião estão ligadas ao aumento da segurança pública. O plebiscito, assim, deve fortalecer o presidente Daniel Noboa (foto), que foi eleito no ano passado com um discurso de combate ao crime...
O Equador realizará um plebiscito sobre diversos temas neste domingo, 21.
Serão onze perguntas, sendo que aquelas que mais têm apoio nas pesquisas de opinião estão ligadas ao aumento da segurança pública.
O plebiscito, assim, deve fortalecer o presidente Daniel Noboa (foto), que foi eleito no ano passado com um discurso de combate ao crime organizado.
A primeira pergunta é sobre permitir que as Forças Armadas possam ajudar a polícia: “Você concorda em permitir o apoio complementar das Forças Armadas nas funções da Polícia Nacional de combate ao crime organizado, reformando parcialmente a Constituição?”.
Segundo as pesquisas de opinião, 84% dos equatorianos devem responder afirmativamente a essa pergunta.
A sexta é sobre permitir que as Forças Armadas possam realizar o controle de armas, munições e explosivos nas estradas e ruas que levam às prisões. Cerca de 84% está de acordo com a mudança.
A sétima questão é sobre aumentar as penas para diversos crimes, como terrorismo, produção e tráfico de drogas, organização criminosa, assassinato, sequestro, tráfico de armas, lavagem de dinheiro e mineração ilegal. Quase 80% deve responder que concorda, segundo as pesquisas. Outros 11% são contra.
A décima pergunta é sobre permitir que as armas, explosivos e munições detidos com criminosos possam ir para a Polícia Nacional ou para as Forças Armadas. Cerca de 64% dos equatorianos são a favor.
Tráfico de drogas
A proliferação de organizações criminosas no Equador se explica porque o país fica geograficamente espremido entre a Colômbia e o Peru, os dois maiores produtores mundiais de cocaína. À medida que a Colômbia intensificou o combate aos narcotraficantes, ainda nos anos 1990, esses grupos passaram a usar o Equador e a Venezuela como rota de tráfico. No caso venezuelano, o regime chavista acolheu o narcotráfico por interesses econômicos, como meio de contornar as sanções americanas, e por afinidade ideológica às guerrilhas, em especial as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, Farc, intimamente ligada à rota da droga.
O que tornou o Equador atrativo para a rota do tráfico, além da posição geográfica e da economia dolarizada, é a fragilidade do Estado. Com muito dinheiro nas mãos, os narcotraficantes corromperam promotores, juízes, policiais e carcereiros. É isso o que explica a fuga de Fito da cadeia, no domingo. Eles também entraram na política financiando campanhas eleitorais. Documentos encontrados em um acampamento das Farc já mostraram doações dos guerrilheiros colombianos à campanha do bolivariano Rafael Correa, em 2006. Atualmente, o ex-presidente vive exilado na Bélgica, para escapar de uma acusação de corrupção em seu país.
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