Vice president of the USA via Facebook

Em pesquisas eleitorais, Kamala Harris não vai tão mal quanto o chefe

22.07.24 12:15

Mesmo antes de Joe Biden oficialmente desistir da campanha a reeleição nos Estados Unidos, institutos de pesquisa já sondavam o nome da vice-presidente Kamala Harris (foto) na corrida presidencial contra o republicano Donald Trump. Os resultados não são muito diferentes dos que eram vistos com Biden na cabeça de chapa — mas se mostram mais animadores a partir de agora.

Uma média das pesquisas coletadas pelo site FiveThirtyEight mostra que, nas últimas semanas, Harris tem ficado entre um a quatro pontos percentuais atrás de Trump nas pesquisas. O resultado é melhor que o de Biden, que nos últimos dias via a diferença chegar a uma média de seis pontos percentuais de distância ao republicano, com viés de queda.

Na pesquisa nacional mais recente, publicada pelo instituto YouGov e contratada pelo canal de TV CBS News, Harris tinha 48% contra 51% de Donald Trump. O resultado é melhor que o de Biden, que tinha 47% contra 52% do republicano.

Na disputa nos chamados estados-pêndulo (onde há um grande número de delegados, mas não há uma garantia clara de qual partido tem mais eleitores), até o momento Harris tem ido rigorosamente igual ao chefe: na Pensilvânia (talvez o estado mais crítico em toda a eleição), Trump tem 50% e Harris 46%, de acordo com o instituto SoCal Research. É o mesmo resultado de Biden. Em New Hampshire, a vantagem republicana é de um ponto, 40% a 39%, a qualquer um dos candidatos.

Em Michigan, outro estado crucial na disputa, Harris vai pior na disputa: ela está cinco pontos atrás na disputa, enquanto Biden estava a três. Apesar disso, o cenário parecia se deteriorar cada vez mais para Biden, que desde 27 de junho vinha sofrendo pressão de eleitores e mesmo de nomes fortes do partido para abrir mão da sua campanha em nome de alguém mais jovem contra Trump.

O nome de Harris, no entanto, é menos conhecido que o do presidente — ela fez um mandato de vice-presidente mais discreto, atuando principalmente no Senado (que ela preside) e em pautas menores. Nos primeiros anúncios de campanha, ela deve abordar sua carreira como procuradora no estado da Califórnia, fora da história política dos candidatos.

Além disso, ela não importará de Biden a principal crítica à sua campanha: ela terá 60 anos no dia da eleição, a média histórica dos presidentes eleitos. Ela, em algum momento poderá inverter a pauta, colocando em Donald Trump — com seus 78 anos — a pecha de que ele sim não seria apto ao mandato.

Se eleito, o republicano seria pela segunda vez na vida o presidente mais velho da história dos EUA.

Leia mais em Crusoé: E quem seria o vice da vice Kamala Harris?

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