Em live, Bolsonaro não fala sobre Moro e critica isolamento
Em meio aos rumores sobre a saída do ministro da Justiça, Sergio Moro, do governo, o presidente Jair Bolsonaro (foto) não comentou o assunto na live desta quinta-feira, 23. O ex-juiz pediu demissão pela manhã após ser comunicado sobre a futura exoneração de Maurício Valeixo da diretoria-geral da Polícia Federal. O Planalto tenta demovê-lo da...
Em meio aos rumores sobre a saída do ministro da Justiça, Sergio Moro, do governo, o presidente Jair Bolsonaro (foto) não comentou o assunto na live desta quinta-feira, 23. O ex-juiz pediu demissão pela manhã após ser comunicado sobre a futura exoneração de Maurício Valeixo da diretoria-geral da Polícia Federal. O Planalto tenta demovê-lo da decisão.
Ao lado do presidente da Caixa, Pedro Guimarães, Bolsonaro fez uma transmissão ao vivo de 16 minutos com detalhes sobre o pagamento do auxílio emergencial de 600 reais a trabalhadores informais e críticas à rigidez das medidas restritivas impostas no país para controlar o avanço do novo coronavírus.
A princípio, o presidente disse que não discutiria o isolamento social para “evitar uma festa” com seu nome. Na sequência, contudo, ressaltou que, em razão do distanciamento, muitos ficaram desempregados. “Está na casa de milhões o número de pessoas que perderam o emprego formal. Sem contar os informais. Uma parte considerável não vai mais na praça vender um churrasquinho; vender um pano no sinal luminoso; botar um saco de isopor do lado e vender um sorvete no jogo de futebol. Isso é uma preocupação.”
Ele sugeriu que a situação também provocará óbitos. “O Brasil tem uma renda per capita, uma economia. Veja um país pobre, do continente africano, por exemplo. A expectativa de vida é maior aqui ou lá no Zimbabwe?”, questionou. Guimarães, então, respondeu: “Aqui”. E Bolsonaro emendou: “E por que? Porque a aqui a renda é maior. Se a nossa renda vai cair, a morte chega mais cedo. É isso que sempre busquei levar ao conhecimento público”, afirmou.
Bolsonaro acrescentou que responde, no Brasil e no Tribunal Penal Internacional, por crimes contra humanidade apenas “por ter defendido uma tese diferente da OMS [Organização Mundial da Saúde]”. “O pessoal fala tanto em seguir a OMS, né?! O diretor-presidente da OMS [Tedros Adhanom Ghebreyesus] é médico? Não é”, disparou. "60% a 70% da população vai ser infectada. Só a partir daí, o país começa a entrar na normalidade".
Em relação ao auxílio emergencial para informais no período de crise, cujo pagamento está atrasado, o presidente da Caixa explicou que a demanda foi mais alta que o esperado, com o cadastro de 45 milhões de pessoas — o governo esperava 25 milhões de inscrições. Por isso, foi necessária uma maior dotação orçamentária.
Guimarães assegurou, no entanto, que, na noite desta sexta-feira, 24, o pagamento da primeira parcela a 1,9 milhão de informais. O custo da operação deve ser de 1,2 bilhão de reais. Na próxima semana, o voucher será depositado para 10 milhões de beneficiários do Bolsa Família.
Além disso, para evitar aglomerações, 1.100 agências da Caixa passarão a abrir as portas com duas horas de antecedência. Neste sábado, 800 unidades funcionarão. "E nós contratamos mais vigilantes, mais terceirizados, para ajudar na organização de filas", completou Guimarães.
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