Em depoimento, delegado confirmou declarações de Marcos Valério
Responsável pela delação de Marcos Valério (foto) — homologada parcialmente pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Celso de Mello —, o delegado da Polícia Civil Rodrigo Bossi confirmou, em depoimento à Justiça de Minas Gerais, o conteúdo das declarações do ex-publicitário pivô do escândalo do mensalão. Bossi morreu em 1º de janeiro. O delegado prestou...
Responsável pela delação de Marcos Valério (foto) — homologada parcialmente pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Celso de Mello —, o delegado da Polícia Civil Rodrigo Bossi confirmou, em depoimento à Justiça de Minas Gerais, o conteúdo das declarações do ex-publicitário pivô do escândalo do mensalão.
Bossi morreu em 1º de janeiro. O delegado prestou os esclarecimentos dois meses antes, no âmbito de um processo envolvendo o lobista Nilton Monteiro.“O que eu sei hoje que está contido no acordo de colaboração do Marcos Valério é a maior organização criminosa feita para perseguir opositores”, com uso de “fraude processual, falsas perícias, desaparecimento de autos, desaparecimento de documentos”.
Conforme O Antagonista, o delegado acusou o Ministério Público de negligência e a Polícia Federal de sonegar informações. Ele ainda comentou que sua participação no acordo firmado com a Polícia Federal foi uma exigência do próprio ex-publicitário. “O primeiro dia que o Marcos Valério chegou lá na delegacia e falou assim: Dr. eu quero fechar o acordo só com o Sr., porque a Polícia Federal está sonegando informações de você e eu quero abrir uma segunda via”, alegou.
Na versão dele, o esquema começou em 1998. Segundo Bossi, Nilton Monteiro era operador do ex-deputado Sérgio Augusto Naya, que emprestava dinheiro para políticos. Quando o edifício Palace II caiu, Naya ficou exposto e “passou todos esses créditos para o nome do Nilton Monteiro”.
Ainda de acordo com o delegado, Nilton ficou responsável por cobrar os empréstimos de políticos, como Eduardo Azeredo. Como o tucano não pagou, ele denunciou o esquema. “Ele exigiu dinheiro muitas vezes, inclusive ele alertou o Azeredo de que ia entregar o esquema se não pagasse. E entregou.”
Para o delegado falecido, as perícias da Lista de Furnas e de outras relações de autoridades foram forjadas para que Monteiro fosse desacreditado e a CPI dos Correios não enveredasse para o esquema tucano. “Eu tenho muito mais coisas para falar sobre o conchavo político, entendeu? Entre PT e PSDB que o sr. nem imagina.”
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Comentários (9)
Jose
2020-02-15 17:29:51Valerio faça igual ao Cabral, abra o bico, diga tudo, denuncie todos é isto que esperamos.
joaquim
2020-02-15 12:59:38Assinei o combo e so estou tendo acesso a crusoé.
Edmundo
2020-02-15 00:04:22Conta tudo.
HD.
2020-02-14 21:09:55Sujeiras e mais sujeiras! Como limpar tudo isso ?? Ir instruindo os ignorantes , voto consciente e não desistir de protestar nas ruas e haja paciência!!
Silvério
2020-02-14 18:39:43Te cuida, Marcos Valério! Estão queimando arquivos da direita eds esquerda... Acho melhor a gente lançar a #falavalerio.
Sônia
2020-02-14 18:22:03Hoje vejo como fui enganada pelos PSDB, FHC, Aécios ...... , acreditando que bastava ser contra o PT! Hoje vejo com clareza como faziam e fazem conchavos espúrios pra abafar e manter corrupção desenfreada!!! Nojo de FHC, por quem tinha admiração!!! Pilantras
Schirley
2020-02-14 18:09:25O Delegado morreu de que? 🤔🤔
Miguel
2020-02-14 18:04:31Era a velha política que o Bolsonaro está enterrando e que as viúvas, infiltradas em toda parte, principalmente na mídia, defendem com unhas e dentes. PÁTRIA AMADA BRASIL.
Gilberto
2020-02-14 17:49:15Dá para imaginar sim. Mas seria bom que fosse delatado e divulgado.