Em crise, PGR do Peru acusa presidente de mortes em protestos
A procuradora-geral do Peru, Patricia Benavides, apresentou formalmente uma denúncia nesta segunda-feira, 27, onde responsabiliza a presidente do país, Dina Boluarte (foto), por mais de 50 mortes em protestos no início do ano. Além de Dina, a denúncia - apresentada em rede nacional - acusa o primeiro-ministro Luis Alberto Otárola pelas mortes. A acusação ocorre...
A procuradora-geral do Peru, Patricia Benavides, apresentou formalmente uma denúncia nesta segunda-feira, 27, onde responsabiliza a presidente do país, Dina Boluarte (foto), por mais de 50 mortes em protestos no início do ano. Além de Dina, a denúncia - apresentada em rede nacional - acusa o primeiro-ministro Luis Alberto Otárola pelas mortes.
A acusação ocorre em um momento em que a própria chefe do Ministério Público peruano enfrenta acusações de crimes, assim como pedidos pela sua renúncia.
Isso porque Patrícia é acusada por outra procuradora do país de liderar um esquema de tráfico de influência com membros do parlamento do país. As investigações apontam que a procuradora teria coordenado uma organização criminosa para, entre outras manobras, eleger o defensor público do país e realizar mudanças no judiciário, com o apoio de deputados do país.
A chefe do MP peruano disse que se mantém no cargo até que a Junta Nacional de Justiça analise seu caso.
Já Dina completa, na próxima semana, um ano no cargo. A sexta presidente no país em cinco anos (e primeira mulher a chegar ao posto no país), ela assumiu o cargo mais uma crise constitucional, quando o então presidente Pedro Castillo, tentando escapar de mais um pedido de impeachment, ordenou o fechamento o parlamento, convocação de novas eleições e a criação de uma nova constituinte. Sua ordem de dissolução não foi cumprida pelo Congresso, que o cassou. Desde então, Castillo está preso.
Apesar de as instituições terem se mantido firmes ao autogolpe, as manifestações contra a destituição de Castillo ocorreram por mais de três meses, e se tornaram especialmente violentas no sul do país, em regiões como Juliaca e Puno. A convulsão social deixou ao todo 67 mortos, segundo a defensoria pública do Peru - 49 manifestantes, 11 pessoas sem relação com os protestos, seis militares e um policial. À época, mais de 800 peruanos foram detidos por envolvimento nos atos.
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