Em conversa remota, Biden reclama de táticas comerciais e Xi dá lição de economia
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o ditador da China, Xi Jinping, conversaram remotamente por 3 horas e meia nesta terça, 16 (foto). Após o encontro, os dois governantes divulgaram suas versões do evento, sendo que cada um fez sua própria lista de reclamações. Na nota divulgada pela Casa Branca, fala-se que Biden...
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o ditador da China, Xi Jinping, conversaram remotamente por 3 horas e meia nesta terça, 16 (foto).
Após o encontro, os dois governantes divulgaram suas versões do evento, sendo que cada um fez sua própria lista de reclamações.
Na nota divulgada pela Casa Branca, fala-se que Biden "foi claro sobre a necessidade de proteger os trabalhadores e indústrias americanos das práticas injustas da China".
"A despeito da fala de Biden, é muito difícil que a China mude essas práticas. Primeiro, porque o câmbio lá é manipulado. Segundo, porque os juros dos empréstimos dados para empresas estatais é subsidiado. Terceiro, não há livre demanda de salário. Muitos pagamentos a trabalhadores estão abaixo da produtividade da mão de obra. E mesmo que o governo de Pequim fale em respeitar os direitos intelectuais, há províncias totalmente dedicadas à pirataria", diz o economista Roberto Dumas Damas, autor do livro China X EUA.
Em nota da agência estatal Xinhua, relata-se que Xi Jinping teria pedido para Biden não politizar as questões econômicas e comerciais entre os dois países. Ele também disse que "os Estados Unidos devem ficar atentos aos efeitos colaterais de suas políticas domésticas e adotar medidas macroeconômicas responsáveis".
A dica de economia de Xi para Joe Biden, que tem aumentado os gastos públicos e está vendo a inflação crescer, tem antecedentes. "Desde 2008, a China sempre quis dar lição nos Estados Unidos, que adotaram medidas para aumentar a oferta de dinheiro", diz Dumas Damas.
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Comentários (4)
Daniel
2021-11-22 12:43:38China longe de ser um país comunista. Está mais para uma ditadura à serviço de alguns setores do capital (exportador, construção e finanças) usando o estado para reprimir salários e consumo, para assim gerar poupança doméstica a fim de financiar aqueles setores. Sonho do Bozo, mas os setores aqui seriam de arminhas, vacinas indianas e videogames, e os salários reprimidos seriam de assessores parlamentares...
DIRCE
2021-11-17 10:58:03Quem não tem argumentos, não tem intelecto, xinga.
MARCIO
2021-11-16 17:12:18Ninguém presta, os dois países são uns pilantras
Leandro
2021-11-16 15:11:54O crescimento da China mostra claramente q não são as ideologias q determinam o crescimento de um país. Ideologia não cria emprego e renda exceto pra alguns apaniguados. A China é comunista mas adotou a economia liberal e virou a indústria do mundo.