Adriano Machado/Crusoé

‘Ele queria o cofre’, diz Bolsonaro sobre posição de Moro em decreto de armas

02.06.20 09:55

O presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro, na manhã desta terça-feira, 2. Em conversa com apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada, ele falou novamente sobre a revogação da Instrução Normativa 131, editada pela Polícia Federal durante a gestão de Moro na Justiça. Bolsonaro afirma que o regramento dificultou o acesso a armas entre “pessoas de bem”.

Nesta terça-feira, Bolsonaro foi cobrado mais uma vez sobre a revogação da instrução normativa e afirmou que a suspensão das regras está “na iminência de sair”. Um apoiador pediu que o presidente reveja outras normas que regulam o porte e a posse de armas, como o Decreto 2.259/2011. “Era para o ministro ter feito isso”, disse Jair Bolsonaro ao apoiador.

O homem afirmou que Moro sabotava o governo e “graças a Deus, saiu”. Sobre as mudanças na legislação de armas, o apoiador disse que “eram coisas que ex-ministro, e me recuso a falar o nome do traidor, deveria ter feito em 1º de janeiro, e não precisaria ter exposto o senhor no decreto do cofre”, afirmou o militante.

Ele fazia referência a um decreto publicado em janeiro do ano passado, nos primeiros dias da gestão de Bolsonaro. O texto flexibilizou o porte de armas, mas condicionou a medida à existência de um cofre na residência dos beneficiados pela medida, o que desagradou aos defensores. “Ele queria o cofre”, disse Bolsonaro, entre risadas de seus apoiadores. “Não vou nem complementar”.

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