Eduardo cresce apenas entre bolsonaristas, indica pesquisa
Deputado licenciado já disse que se "sacrificaria" pelo pai caso seja escolhido para disputar a Presidência, mas aponta Moraes no caminho

O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP, foto) lidera nos Estados Unidos os esforços da família para reabilitar o patriarca Jair. Além de ajudar a melhorar a aprovação de Lula, ao disputar com o petista a culpa pela tarifa adicional de 50% para produtos brasileiros, prometida por Donald Trump para 1º de agosto, o filho 03 também melhorou a própria popularidade, segundo pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quinta-feira, 17, mas apenas entre bolsonaristas.
O levantamento indica que Eduardo não encurtou a distância para Lula em um hipotético segundo turno presidencial em 2026. O petista tinha vantagem de 10 pontos em maio (44% a 34%), e agora tem de 11 pontos (44% a 33%). Mas o deputado licenciado é o que teve maior variação positiva na resposta à pergunta "Se Bolsonaro não for candidato em 2026, quem deveria ser o candidato da direita?".
Quem lidera nesse quesito é o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), com 15%, seguido pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), com 13%. Eduardo aparece em quarto lugar, tecnicamente empatado com o governador do Paraná, Ratinho Jr. (PSD), mas dobrou seu percentual, de 4% para 8%, em relação à pesquisa de maio.
Bolsonaristas
O recorte por posicionamento político indica que essa subida se deve ao eleitorado classificado como bolsonarista.
"Na avaliação dessa questão por segmentos, dá pra ver que o aumento na torcida pró-Eduardo aconteceu exclusivamente entre o eleitorado bolsonarista raiz. Nesse segmento, ele tinha 10% de torcida em maio/25 e passou a ter 22% na pesquisa desse mês. Foi a Michelle quem mais perdeu torcida bolsonarista nesse período", disse o diretor da Quaest, Felipe Nunes, em análise sobre a pesquisa publicada em seu perfil no X.
Michelle segue, contudo, como a preferida do eleitorado bolsonarista (33%). agora seguida por Eduardo (22%) e Tarcísio (20%). O governador de São Paulo, que chegou a ser acusado pelo filho deputado de Bolsonaro de “subserviência servil às elites” por tentar mediar a crise das tarifas, é o preferido do eleitorado de direita não bolsonarista, com 33%.
Tarcísio
Eduardo já disse que se "sacrificaria" pelo pai caso seja escolhido para disputar a Presidência por Bolsonaro em 2026. O filho 03 do ex-presidente repetiu isso em live na quarta, mas admitiu, durante a crise do tarifaço, contudo, que sua candidatura presidencial dependeria de uma mudança na ordem de forças no Brasil.
"Só se o Moraes for isolado. Senão não tem como. Se eu voltar para o Brasil hoje, eu sou preso. Mas eu acho que tem esperança de ele ser sancionado e a gente conseguir ter sucesso", comentou na entrevista à Folha de S.Paulo na qual se disse desrespeitado por Tarcísio. Na quarta-feira, 16, Eduardo recuou nas reclamações ao governador e disse que os dois estão do mesmo lado.
Leia mais: ‘Tarifaço’ alterou perspectiva eleitoral de Lula?
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Comentários (1)
MARCOS
2025-07-17 11:46:41GRANDE SACRIFÍCIO.