Dodge pede correção monetária de multa de delatores
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge (foto), pediu que as multas de acordos de delação premiada sejam corrigidas pela taxa básica de juros brasileira, a Selic, até que se decida o destino final do dinheiro. A tese foi defendida em petição enviada ao ministro Edson Fachin, relator dos acordos com os executivos da Odebrecht. A...
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge (foto), pediu que as multas de acordos de delação premiada sejam corrigidas pela taxa básica de juros brasileira, a Selic, até que se decida o destino final do dinheiro.
A tese foi defendida em petição enviada ao ministro Edson Fachin, relator dos acordos com os executivos da Odebrecht. A estimativa do Ministério Público de é que tenha havido um prejuízo de 21 milhões de reais, apenas no caso das multas a serem pagas no caso da Odebrecht, sem essa correção.
Na petição, Raquel Dodge afirmou que, de acordo com a Caixa Econômica Federal, as multas pagas por colaboradores são corrigidas apenas pela Taxa Referencial, a TR, o que, na prática, significa que não houve nenhuma alteração nos últimos dois anos. Segundo a Caixa, os depósitos de valores relativos a colaborações premiadas se enquadram no conceito de “remuneração básica”, e por isso, não seriam corrigidos pela taxa de juros.
“Em que pese o dinheiro ficar contabilmente bloqueado na conta judicial, o banco permanece utilizando-se dos recursos por ele representados em seus negócios, como o faz com as demais importâncias que lhe são confiadas, pois nisso consiste sua atividade”, afirma a procuradora-geral em um dos trechos do documento, rejeitando o argumento da instituição financeira. Dodge lembra que a correção pela Selic é prevista na maior parte dos acordos celebrados.
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Comentários (3)
Odete6
2019-08-26 17:51:20Muito bem Dodge...essa é uma atitude Ferrari.
Joao Fenoglio
2019-08-26 14:19:10Deviam ser presos todos integrantes da odebrecht, e demais empreiteiras que fomentaram esse ciclo de corrupcao, nunca visto. Presos, juntos com bandidos iguais a eles, ainda trabalhando o dia todo, carregando pedra ou terra.
Isa
2019-08-26 13:57:05Sra Raquel Dodge tem muitíssimo razão. Os bancos deitam e rolam com nosso dinheiro. Imagine com essa dinheirama.