Documentos sobre mortes na ditadura são 'balela', diz Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro (foto) afirmou na manhã desta terça-feira, 29, que não há documentos que provem como morreu o pai do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Felipe Santa Cruz, durante a ditadura militar. Ontem, o presidente disse que o pai de Felipe, Fernando Augusto de Santa Cruz Oliveira, foi morto pelos companheiros da Ação Popular,...
O presidente Jair Bolsonaro (foto) afirmou na manhã desta terça-feira, 29, que não há documentos que provem como morreu o pai do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Felipe Santa Cruz, durante a ditadura militar. Ontem, o presidente disse que o pai de Felipe, Fernando Augusto de Santa Cruz Oliveira, foi morto pelos companheiros da Ação Popular, organização clandestina de esquerda. Fernando desapareceu depois de ter sido preso em 1974.
"Nós queremos desvendar crimes. A questão de 1964, não existem documentos (dizendo) se matou, não matou, isso aí é balela", afirmou o presidente, ao deixar o Palácio da Alvorada. "Você quer documento para isso, meu Deus do céu. Documento é quando você casa, você se divorcia. Eles têm documentos dizendo o contrário?", declarou aos jornalistas.
Perguntado se a sua versão não contrariava informações levantadas pela Comissão Nacional da Verdade, Bolsonaro alegou que o órgão tinha sete integrantes indicados pela ex-presidente Dilma Rousseff para questionar a sua credibilidade. "Você acredita em Comissão da Verdade? Você acredita no PT?", questionou.
Bolsonaro afirmou que não pretende "mexer no passado", ao responder se iria contestar oficialmente os documentos da comissão relativos a crimes cometidos pela ditadura. "Pretendo respeitar a lei da anistia de 1979, é o meu sentimento, tem que ser respeitado. Até que os militares foram além do que o pessoal queria". A abertura política, afirmou, foi "ampla, geral e irrestrita, por exigência dos militares".
O presidente ainda tentou estabelecer uma relação entre a morte do jornalista Vladimir Herzog na ditadura e o assassinato do ex-prefeito de Santo André Celso Daniel, em 2002, para em seguida reclamar que o homicídio de um jornalista que identificou apenas como Régis, durante o regime militar, não é questionada porque ele foi morto pela esquerda.
Em seguida, Bolsonaro acusou a OAB de tentar impedir que se descubra quem mandou Adélio Bispo tentar matá-lo durante a campanha eleitoral. "A OAB não quer que se chegue aos mandantes da tentativa de homicídio minha. Tanto é que entraram com uma ação e o telefone dos advogados está lacrado. Porque se chegar lá, com certeza vai se chegar aos mandantes. Não é muito estranho, quatro advogados? Um chega de helicóptero em menos de 24 horas", questionou.
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Comentários (10)
Antônia
2019-08-02 00:04:38O presidente da OAB não está fazendo um trabalho sério. Só quer saber dos fatos do seu interesse.
ELZA
2019-08-01 22:52:10Régis, é o jornalista pernambucano, Édson Régis, assassinado na explosáo da bomba no aeroporto dos Guararapes no Recife, na ocasiáo da visita do presid. Costa e Silva, em 1966
Lygia
2019-08-01 08:46:45Comissão Nacional da Verdade com sete membros indicados pela Dilma? Existe fato mais surreal do que este? . JB, feche logo esta besteira. Coisa mais ridícula, típica de petistas.
Jazz
2019-07-31 15:32:40O Bolsonaro tem uma coisa muito mais importante que militares em seu governo. Milhões de eleitores que nele votaram e não levarão desaforo para casa, dessa esquerda bandida e imunda. Se o objetivo deles é ver o circo pegar fogo, vão se arrepender muito.
João
2019-07-31 12:34:50Isso é notícia, parabéns! colocar ipsis litteris a fala de quem vcs estão ouvindo ou entrevistando, não tecer comentários a respeito, até porque a opinião na maioria das vezes são antagônicas
Walmir
2019-07-31 11:51:05Bolsonaro, cala a boca!, Vc está estragando tudo.
ANTONIO
2019-07-31 09:06:14a maioria é balela de quem perdeu a guerra e instituiu uma comissão comprometida com o comunismo que tentaram implantar... esta é a verdade
HUMBERTO
2019-07-31 09:02:51A verdade é inexorável e diante da mentira, toda afirmação só terá validade se comprovada. No nosso caso, haviam grupos terroristas explodindo coisas e pessoas, justiçando quem mudava de opinião dentro dos próprios grupos. Um balaio de gato que ninguém sabe o que foi inventado. A verdade sempre prevalece, pois a justiça nesse caso não é desse mundo.
Rafael
2019-07-31 08:47:25tem razão!!
LUIS
2019-07-31 07:40:24O Presidente está coberto de razão, essa Comissão era totalmente articulada para culpar os serviços de segurança do estado. Devemos rasgar esse relatório.